Economia

Preço de venda de imóveis residenciais SOBE 0,30% em janeiro

Os brasileiros que compraram imóveis residenciais em janeiro deste ano não devem ter sentido muita diferença de valores em relação a dezembro do ano passado. De acordo com o Índice FipeZap+, o preço de venda de imóveis residenciais variou apenas 0,30% entre os meses.

Embora a alta tenha sido bem leve, ainda superou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é o indicador considerado a inflação do aluguel. Em janeiro, o IGP-M variou 0,21%, taxa inferior à alta dos preços de venda de imóveis residenciais.

Por outro lado, o Índice FipeZap+ subiu menos que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em suma, este indicador é considerado a prévia da inflação oficial do país. E, no mês passado, o IPCA-15 teve alta de 0,55%.

Vale destacar que o Índice FipeZap+ analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Dessa forma, a Fipe divulga uma média de variação mensal dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.

Veja a variação dos preços em janeiro

De acordo com o levantamento, a alta real dos preços de venda dos imóveis residenciais atingiu 43 das 50 cidades pesquisadas. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap+, apenas Vitória (ES) teve uma taxa negativa no mês passado.

Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas:

  • Campo Grande (MS): 1,52%
  • Goiânia (GO): 1,30%
  • João Pessoa (PB): 1,14%
  • Maceió (AL): 1,10%
  • Florianópolis (SC): 0,88%
  • Fortaleza (CE): 0,73
  • Manaus (AM): 0,52%
  • Recife (PE): 0,51%
  • Salvador (BA): 0,46%
  • São Paulo (SP): 0,28%
  • Belo Horizonte (MG): 0,20%
  • Brasília (DF): 0,11%
  • Rio de Janeiro (RJ): 0,10%
  • Porto Alegre (RS): 0,07%
  • Curitiba (PR): 0,03%
  • Vitória (ES): -2,24%

Entre todas as 50 cidades pesquisadas, Vitória teve a maior queda do país em janeiro. Já Campo Grande (MS), que registrou a maior variação entre as capitais, ficou atrás dos municípios mineiros Contagem e Betim, cujas variações foram de 1,89% e 1,60% no mês, respectivamente.

Valor médio do metro quadrado

Em janeiro, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.339/m². Vale destacar que, mesmo com o recuo firme registrado no mês, Vitória seguiu na primeira posição entre as capitais, com o maior preço do país.

Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:

  • Vitória (ES): R$ 10.444,00
  • São Paulo (SP): R$ 10.226,00
  • Florianópolis (SC): R$ 9.690,00
  • Rio de Janeiro (RJ): R$ 9.589,00
  • Brasília (DF): R$ 8.797,00
  • Curitiba (PR): R$ 8.548,00
  • Belo Horizonte (MG): R$ 7.654,00
  • Recife (PE): R$ 7.261,00
  • Maceió (AL): R$ 7.181,00
  • Fortaleza (CE): R$ 6.853,00
  • Porto Alegre (RS): R$ 6.543,00
  • Goiânia (GO): R$ 6.259,00
  • Manaus (AM): R$ 5.877,00
  • Salvador (BA): R$ 5.560,00
  • João Pessoa (PB): R$ 5.463,00
  • Campo Grande (MS): R$ 5.305,00

Como visto acima, apenas os valores de Vitória, São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba ficaram acima da média nacional. Contudo, as outras dez capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.

No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 11.534. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.598.

Preço de venda de imóveis dispara em 2022

O aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bastante expressivo em 2022. Embora a inflação tenha perdido força no país no decorrer do ano, isso não aconteceu no setor de venda de imóveis. E as pessoas que compraram um local no ano passado não tiveram muito o que comemorar.

Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 6,16%. Esse foi o maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%. Em outras palavras, fazia oito anos que os valores não subiam tanto quanto no ano passado.

A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022. Em resumo, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária. Aliás, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.

Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou significativamente a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa também inferior à do IPCA. A propósito, o IGP-M é considerado a “inflação do aluguel”.

Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los no ano passado.