O preço médio da gasolina caiu para o menor patamar em quatro meses e meio nos postos do país. O combustível ficou dois centavos mais barato, e, apesar do recuo tímido, a queda foi comemorada pelos consumidores, até porque qualquer redução nos preços é mais vantajosa que o seu encarecimento.
Com isso, o valor médio nacional do litro da gasolina caiu de R$ 5,61 para R$ 5,59. A saber, a última vez que o preço médio do combustível ficou abaixo de R$ 5,60 foi na semana encerrada em 12 de agosto (R$ 5,53), ou seja, em quatro meses e meio.
De acordo com os dados do levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina acumula uma queda de 30 centavos nos últimos meses. Em resumo, o combustível passou a registrar valores cada vez mais baixos no país no final de agosto, e isso vem se mantendo até agora.
Contudo, todos esses recuos ainda não conseguiram eliminar a alta acumulada nas semanas anteriores. Isso porque o combustível ficou 36 centavos mais caro no país em agosto, ou seja, os recuos eliminaram boa parte do avanço, mas não ele por completo.
A redução nos valores da gasolina nos últimos meses está beneficiando milhares de motoristas no país. Aliás, existem alguns estados que possuem um preço médio bem menor que o valor nacional, para alegria dos consumidores, e eles se concentram, principalmente, na região Nordeste.
Confira abaixo quais foram os valores mais acessíveis da gasolina nesta semana no país:
A propósito, a ANP coleta os preços praticados em milhares de combustíveis em todo o país desde 2004 e divulga semanalmente os preços médios da gasolina, do etanol e do diesel em cada região brasileira, bem como em cada estado e sua respectiva capital.
Embora alguns estados tenham apresentado preços bem acessíveis aos motoristas, o valor da gasolina não está mais baixo em todo o país. Na verdade, o combustível está mais caro que em 2022, para tristeza dos consumidores.
Em suma, o preço médio nacional do litro da gasolina era de R$ 4,96 na última semana de dezembro do ano passado. Significa que o valor atual do combustível está 65 centavos mais caro que no ano passado, principalmente por causa dos impostos cobrados sobre o item.
A gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março deste ano, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.
Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.
Antes, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.
Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em suma, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
Na semana passada, o preço da gasolina caiu em quatro regiões brasileiras, com exceção do Sul, onde o valor do combustível ficou quatro centavos mais alto. A região Norte seguiu com o maior preço do país (R$ 6,00 por litro), enquanto o valor mais acessível foi registrado no Centro-Oeste (R$ 5,46).
Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 19 das 27 unidades federativas (UFs). Em contrapartida, os valores subiram em quatro estados, enquanto outras quatro UFs não apresentaram variações em relação à semana anterior.
Após essas oscilações, os estados que comercializaram a gasolina com os preços médios mais altos do país foram:
Como visto, os preços mais elevados se concentraram na região Norte, dificultando a vida dos motoristas. Alguns estados do Nordeste também apresentaram valores bem altos, mas isso não foi homogêneo na região.