Sujeito e predicado são termos que compõem uma frase e são fundamentais para a construção de um discurso com sentido. Essas duas divisões da estrutura de uma oração podem ser analisadas sintaticamente a partir dos seus respectivos núcleos.
Em uma frase, há os termos que dizem quem realizou uma ação ou quem foi o alvo dela. Assim como existe a outra parte, que serve de complemento. São, respectivamente, o sujeito e predicado da oração.
Confira, abaixo, a explicação sobre sujeito e predicado.
O sujeito é a parte de uma frase que diz sobre o que ou sobre quem a sentença fala. É o trecho que deixa perceptível o “sofredor” da ação.
Em uma frase pode haver mais de um sujeito, o qual deixará de ser simples e passará a ser composto. Normalmente, o sujeito aparece antes do predicado, mas é também é correto aparecer no meio da frase ou após o predicado. Veja:
Exemplo: Os pais de Camila economizaram bastante para a formatura da filha.
Sujeito: os pais de Camila
Forma direta: os pais de Camila economizaram bastante para a formatura da filha.
Meio do predicado: para a formatura da filha, os pais de Camila economizaram bastante.
Ordem inversa: economizaram bastante os pais de Camila para a formatura da filha.
Após a identificação do sujeito, o restante da frase é o que complementa o termo principal. Para este complemento dá-se o nome de predicado.
Exemplo: Os pais de Camila economizaram bastante para a formatura da filha.
Predicado: economizaram bastante para a formatura da filha.
O sujeito é composto por vários termos. Destes, o que for mais importante para a compreensão da frase é chamado que núcleo do sujeito.
O núcleo do sujeito pode ser identificado retirando as palavras da frase para ver qual é a mais importante, a que se estiver ausente muda o sentido da expressão.
Exemplo: Muitas pessoas de classes menos privilegiadas sofrem preconceito.
Sujeito: Muitas pessoas de classes menos privilegiadas.
Núcleo do sujeito: pessoas.
Comentário: para identificar qual palavra é o núcleo do sujeito, verificou-se que a frase mantém sentido se for dita “pessoas sofrem preconceito”, mas o mesmo não acontece se disser “muitas de classes menos privilegiadas”, logo o leitor iria perguntar “muitas o quê?”. Por isso, conclui-se que pessoas é uma palavra importante para a frase, logo, é o núcleo do sujeito.
O núcleo do sujeito pode trazer algumas pegadinhas quando a frase tiver nomes próprios. Conforme o exemplo “Os pais de Camila economizaram bastante para a formatura da filha”, o sujeito é “os pais de Camila”.
A pegadinha está na hora de identificar o núcleo, pois algumas pessoas podem achar que o núcleo do sujeito é “os pais”, levando em consideração o fato de esse termo ser essencial para dar sentido à frase.
Contudo, mais importante do que esse termo é o nome próprio “Camila”, que especifica a frase.
Assim, infere-se que a frase não refere-se a quaisquer pais mas, sim, aos pais de Camila. Logo, “Camila” é o núcleo do sujeito.
O núcleo do predicado também é constituído pela palavra mais importante, mas trata-se do termo localizado no predicado.
Exemplo: Muitas pessoas de classes menos privilegiadas sofrem preconceito.
Núcleo do predicado: sofrem.
Comentário: o termo “sofrem” é o núcleo do predicado porque é a palavra mais importante, que se for eliminada deixa a frase com sentido incompreensível.
Um termo muito comum de usar na função sintática do sujeito é “predicativo do sujeito”. Trata-se de um verbo que pode ser de ligação ou não, localizado no predicado da frase com objetivo de qualificar o sujeito da frase.
As qualidades atribuídas ao sujeito podem ser feitas por meio de um substantivo, numeral, advérbio, pronome ou pelo próprio adjetivo.
Exemplo: A comida está estragada.
Sujeito = a comida.
Verbo de Ligação = está.
Predicativo = estragada.
As classificações do sujeito e predicado diferem-se um do outro por apresentarem particularidades.
O sujeito pode ser classificado como simples ou composto, indeterminado, desinencial ou oculto, oracional ou inexistente.
O predicado pode ser classificado como verbal, nominal ou verbo-nominal.
Sujeito simples: quando possui um núcleo.
Exemplos:
Sujeito composto: quando possui mais de um núcleo.
Exemplos:
Sujeito indeterminado: quando a frase não determina o sujeito. Apresenta verbo na 3ª pessoa do plural.
Exemplos:
Sujeito inexistente ou oração sem sujeito: quando não possui sujeito.
Exemplos:
Sujeito desinencial: quando aparece de forma implícita. Também é chamado de sujeito oculto, determinado, implícito ou elíptico.
Exemplos:
Sujeito oracional: quando o termo que falta na oração principal é o sofredor da ação.
Exemplos:
Predicado verbal: quando o núcleo é um verbo.
Exemplos:
Predicado nominal: quando o núcleo é um nome que funciona como predicativo do sujeito.
Exemplos:
Predicado verbo-nominal: quando o predicado tem dois núcleos, um verbal e, outro, nominal.
Exemplos: