Substantivo próprio é definido como uma das subdivisões dos substantivos, cuja função é atribuir nomes para especificar algo ou alguém.
A identificação de substantivo próprio, em uma frase, é facilmente feita pela letra inicial da palavra que será sempre maiúscula, ao contrário do substantivo comum. Portanto, a função do substantivo próprio é nomear substantivos como pessoas, lugares, animais, organizações etc.
Confira, abaixo, alguns substantivos próprios empregados em frases:
Nomes de pessoas: Joaquim Barbosa é um jurista brasileiro; Lucifer é o nome de uma série muito famosa; Grêmio enfrentará Católica na Libertadores.
Nomes de lugares como estados do Brasil e capitais do Brasil: Salvador foi a primeira capital do Brasil; o Rio de Janeiro continua lindo; Recife é uma das cidades do Brasil que mais investem em tecnologia.
Títulos de obras: Dom Casmurro é um dos livros recomendados para leitura no Ensino Médio; Senhora é um clássico da literatura; Green Book: O Guia ganhou o Oscar 2019 na categoria de melhor filme.
Nomes de instituições: A Universidade Federal da Bahia (Ufba) está entre as dez melhores universidades públicas do país, segundo o Ministério da Educação (MEC); O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) foi fundado em 1910; A Organização das Nações Unidas (ONU) visa a cooperação internacional.
Nomes de acidentes geográficos: A Chapada Diamantina é um dos lugares mais bonitos do Brasil; acredita-se que o Arquipélago de Noronha foi descoberto por Fernão de Loronha; A Baía de Todos-os-Santos é, aproximadamente, do tamanho do município do Rio de Janeiro.
Nomes de astros e signos: A Via Láctea ainda é um mistério para os pesquisadores; o planeta Terra é também chamado de planeta Azul; O Sistema Solar compreende o Sol e demais corpos celestes; Gêmeos, Libra e Aquário são signos do ar.
Muitas pessoas ainda confundem os substantivos próprios com os comuns na hora de classificá-los. Embora ambos façam parte dos tipos de substantivos, uma simples associação pode tornar mais fácil a compreensão da principal diferença entre os substantivos comuns e próprios.
Imaginando os conjuntos da Matemática, o conjunto maior ou mais amplo corresponde aos substantivos comuns, que são as palavras como flor, sorvete, comida, prato e sofá. Dentro do conjunto maior existe um menor, mais específico, que são os substantivos próprios responsáveis por especificar o tipo do substantivo comum.
Assim:
Os substantivos próprios concordam com o substantivo que o complementa. Portanto, tendo como exemplo a frase “Luciana foi a Salvador para visitar a família”, gramaticalmente, Salvador é um nome do gênero masculino (o salvador). Contudo, quando está na função de nome próprio passa a concordar com o substantivo que o complementa, que nesse caso é “cidade” (a cidade de Salvador). Por isso, quando alguém refere-se ao nome Salvador no feminino está fazendo uma elipse da palavra “cidade”. Assim, é uma forma correta de expressão.
Uma forma menos comum de escrever ou falar os substantivos próprios é flexionando-os. Embora pareça estranho ou incorreto, é possível flexionar nomes de pessoas como Maria, Pedro, José, Felipe, Antônio etc. Com isso, quando em um diálogo houver mais de uma pessoa com o mesmo nome poderá referir-se aos sujeitos no plural. Assim, para dizer que Felipe Sousa, Felipe Carvalho e Felipe Almeida estão estudando para o concurso da prefeitura, pode-se dizer, desde que os sujeitos tenham sido mencionados anteriormente na frase, “Os Felipes estão estudando para o concurso da prefeitura”.
O substantivo é uma das principais classes de palavras da gramática. É responsável por dar nome a pessoas, animais, lugares, objetos, qualidades e sentimentos, por exemplo. Os substantivos podem classificar-se em vários tipos, sendo eles: próprio, comum, concreto, abstrato, primitivo, derivado, coletivo, simples e composto.
Veja, abaixo, um pouco mais sobre cada tipo:
Os substantivos do tipo concreto nomeiam o que é possível ser expresso por meio de imagens e a maioria consegue ser tangível. Exemplos: camisa, chave, óculos, garrafa, televisão, mesa, mesa, cadeira, anjo, saci-pererê etc.
Os substantivos abstratos englobam as palavras que nomeiam o que não pode ser visualizado ou imaginado como qualidades, ações e sentimentos.
Considera-se como simples os substantivos que possuem apenas um radical. Exemplos: céu, árvore, mochila, gato e carro.
Quando um nome é formado por dois ou mais radicais tem-se um substantivo composto. Exemplos: guarda-roupa, couve-flor, guarda-sol e beija-flor.
Fazem parte dos substantivos coletivos os grupos que nomeiam seres da mesma espécie. Exemplos: cardume (conjunto de peixes), molho (conjunto de chaves) e matilha (conjunto de cães de caça).
Quando uma palavra não deriva de outra classifica-a como substantivo primitivo. Exemplos: mala, palhaço e bicicleta. Já os derivados são aqueles que procedem de outras como “livraria”, que é derivado da palavra livro.
Os substantivos biformes têm duas formas de uso, sendo possível tanto na forma masculina como na feminina. Exemplos: homem e mulher, coelho e coelha, gato e gata.
Os substantivos uniformes são aqueles que apresentam-se sob a mesma forma independentemente do gênero, servindo, assim, tanto para referir-se ao gênero masculino quanto para o feminino. Eles podem ser classificados como epicenos; sobrecomuns; comuns de dois gêneros e de gêneros vacilantes.
Existe uma ciência com o objetivo de estudar os nomes próprios bem como as suas origens e os processos de denominação. Originada no século XIX, denomina-se como Onomástica esse processo de estudos que abrange dois ramos.
Na Onomástica o ramo da Antroponímia é responsável por focar em estudar os nomes e sobrenomes dos substantivos. O outro ramo é a Toponímia, que concentra-se em estudar os nomes de lugares, lagos, rios, relevos e acidentes geográficos.