O estudo da língua portuguesa envolve a análise de várias categorias gramaticais, e o sujeito é uma das mais importantes, pois o sujeito indica quem ou o que executa a ação expressa pelo verbo em uma sentença.
A seguir, analisaremos os principais tipos de sujeito na língua portuguesa, fornecendo exemplos de como esse assunto pode ser cobrado no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
O sujeito simples é aquele composto por apenas um núcleo. Desse modo, esse sujeito é geralmente um substantivo ou pronome, que concorda em número e pessoa com o verbo da frase. Por exemplo:
Nos exemplos acima, “o gato” e “ela” são sujeitos simples, pois cada um deles aparece representado por um único núcleo.
O sujeito composto se constitui por dois ou mais núcleos que realizam a ação do verbo. Cada um desses núcleos pode ser um substantivo ou pronome. Esses nomes geralmente estão ligados por conjunções como “e,” “ou,” “nem,” entre outras. Exemplos:
Nesses casos, temos sujeitos compostos, pois há mais de um núcleo realizando a ação verbal, ou seja, dominando a regência verbal.
O sujeito indeterminado ocorre quando não se sabe ou não se quer revelar quem realiza a ação verbal. É comum em frases na terceira pessoa do singular, conjugadas no modo indicativo, sem a especificação do agente da ação. Exemplos:
Nesses casos, o sujeito é indeterminado, pois não há a identificação do agente da ação.
O sujeito oculto, também conhecido como sujeito elíptico, é aquele em que o núcleo do sujeito não está explicitamente mencionado na sentença. No entanto, é possível inferir qual é o sujeito pelo contexto. Isso ocorre principalmente em frases imperativas e interrogativas. Vejamos exemplos:
Nos exemplos acima, os parênteses indicam o sujeito oculto. Podemos inferir o sujeito como oculto pela forma verbal e pelo contexto da frase.
O sujeito inexistente, como o próprio nome sugere, é aquele em que não há um agente que realize a ação do verbo. Isso ocorre em frases na forma impessoal, em que o verbo é conjugado na terceira pessoa do singular. Exemplos:
Nesses casos, não há um sujeito específico, pois a ação é tratada de forma impessoal.
O assunto sobre os tipos de sujeito na língua portuguesa pode aparecer em questões de vestibular de diversas formas, dependendo do nível de complexidade e da abordagem. Por isso, abaixo apresentamos algumas maneiras mais recorrentes no Enem e em outros vestibulares.
Em primeiro lugar, as questões podem pedir aos candidatos para identificar o tipo de sujeito em uma sentença específica, como pedir que classifiquem se o sujeito é simples, composto, indeterminado, oculto ou inexistente.
Exemplo de pergunta: “Na frase ‘João e Maria foram à festa juntos’, qual é o tipo de sujeito presente?”
Há também a possibilidade de os examinadores apresentarem um contexto específico e pedir aos candidatos para determinar o tipo de sujeito apropriado com base nas informações fornecidas.
Exemplo: “Em um texto sobre um evento de voluntariado, qual seria o tipo de sujeito mais adequado para a frase ‘______ são bem-vindos para ajudar’?”
Além disso, os candidatos podem ser solicitados a criar uma sentença com um tipo específico de sujeito, demonstrando seu entendimento sobre como usar corretamente cada tipo de sujeito.
No Enem, essa cobrança aparece de forma contextualizada em um trecho de texto ou quadrinho. Assim, a cobrança desse conteúdo envolve a análise gramatical de uma sentença. Desse modo, em algumas questões os candidatos devem escolher uma alternativa que apresenta a correta análise gramatical sobre o tipo de sujeito e sobre outros elementos da frase ou oração.