A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, teve em maio a cesta básica mais cara entre todas as capitais do Brasil. Pelo menos é isso o que mostram os dados de uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Esse levantamento leva em consideração os dados de 16 capitais do país. Porto Alegre lidera essa lista. De acordo com o levantamento, uma cesta básica na capital gaúcha custou em média cerca de R$ 636,96. Isso considerando os dados do último mês de maio.
Logo depois vem a cidade de São Paulo. A capital paulista só fica atrás por uma questão de centavos. Por lá, uma cesta básica custou em média R$ 636,40. Na terceira posição vem a cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, com uma cesta valendo em média R$ 636,37.
Esses são os valores de uma cesta básica para quatro pessoas. Então esses números podem subir ou cair a depender da quantidade de alimentos que existam dentro dela. No entanto, dá para tirar uma base de preços com essa média do Dieese.
E a lição que dá para tirar é que os valores estão muito altos para uma grande parcela da população. Muita gente, por exemplo, não consegue juntar essa renda por mês. Na prática, isso significa dizer que essas pessoas não estão se alimentando como deveriam.
Veja a lista dos valores das cestas nas 16 capitais que o Dieese pesquisou em maio.
A pesquisa do Dieese também mostrou os dados das maiores altas dentre as capitais em que há dados. De acordo com o levantamento de maio, a capital que registrou o maior crescimento no mês de maio foi Natal, no Rio Grande do Norte, com um aumento de 4,9% no valor.
Logo depois, chama a atenção os crescimentos nos valores de Curitiba (+ 4,33%), Salvador (+ 2,75%) e Belém e Recife empatadas (+ 1,97%). Em todas essas cidades, as pessoas estão registrando dificuldades para realizar as compras de alimentos básicos neste momento.
Quem está vivendo apenas com o Auxílio Emergencial, por exemplo, está sofrendo para conseguir pagar tudo agora. De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, o benefício emergencial está pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.
Com esses montantes, não dá para comprar uma cesta básica em nenhuma dessas 16 capitais citadas pelo Dieese. Mesmo em Aracaju, que é a cidade que registra o valor mais baixo, não tem essa possibilidade. Portanto, é uma situação difícil para muita gente.
Apesar disso, o Governo não está dando sinais de que pode aumentar o valor do Auxílio Emergencial. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, há uma possibilidade de prorrogar o benefício por mais dois ou três meses. No entanto, ele não falou em aumento.