Aqui estamos mais uma vez para evitar aquele escorregãozinho básico quando o assunto é português. Fique com a gente até o final e esteja preparado na hora dos porquês da escrita!
O uso do porquê é mais uma dificuldade comum na hora da redação. Um dos motivos da confusão é a indiferenciação dos termos na fala cotidiana. Por que vai à padaria? Vou te explicar o porquê da situação. Gosto de açaí, porque me refresca. Não desejo a ninguém o momento difícil por que passei. Você vai cedo assim, por quê?
Como podem ver, esses termos tem a sonoridade semelhante, mas a forma e uso são diversos. Vamos aos casos:
Temos aqui uma situação interrogativa, na qual o por que é utilizado para iniciar uma pergunta:
Ex.: Por que você não está de máscara?
Isto é, qual a razão, por qual motivo, em função de que, em razão de que.
Aqui se trata de uma substantivação da conjunção. É dizer, porquê se refere a um motivo, razão, casa e etc.
Vejam a seguir:
Ex.: Qual o porquê dessa aglomeração?
Aposto que estão achando fácil, né? Vamos, então, para os dois últimos casos.
O porque diferente do porquê atua como uma conjunção coordenativa ou uma conjunção subordinativa. No primeiro caso, o termo liga duas orações coordenadas, sendo que uma das quais explica ou justifica a outra.
Ex.: Não volte tarde para casa, porque é perigoso.
Já no segundo caso, o termo subordina uma razão, causa ou motivo à ação contida na oração principal.
Ex.: Só fui ao supermercado, porque a comida acabou.
Agora, enfim, basta sabermos por quê!
O termo por quê também está relacionado ao motivo e à interrogação, porém é acentuado sempre que seguido de pontuação, seja a vírgula de um aposto, o ponto de interrogação ou o ponto final.
Ex.: Meu irmão pode. E eu não, por quê?
Ex.: Vá agora por quê, se a política te pegar, você vai ganhar uma multa.
Bom, pessoal, esses são alguns exemplos importantes, porque as situações na língua portuguesa por que passamos possuem muitos porquês. Aprofundem-se e bom trabalho!