Um dos grandes segredos do mundo da numismática é que é necessário prestar muita atenção aos detalhes de cada moeda para saber quais delas realmente valem muito dinheiro. Neste sentido, é preciso atentar para os detalhes de cada exemplar, para não deixar nada escapar.
Neste artigo específico, vamos falar sobre a moeda de 2 centavos do ano de 1975. Trata-se de uma peça que não possui mais valor monetário, ou seja, você não vai conseguir encontrar o exemplar em um trocado em uma feira, por exemplo. Mas nada impede que você encontre o item em qualquer outro lugar.
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 2 centavos do ano de 1975 é que ela faz parte de uma edição comemorativa que faz homenagem a FAO – Alimentos para o Mundo (Food and Agriculture Organization). Esta coleção foi produzida entre os anos de 1975 e 1978.
Nesta peça específica do ano de 1975, há a representação de um pé de soja, um dos principais produtos de exportação do Brasil. Vale frisar que este é um item que ajuda a reduzir os índices de fome em todo o mundo atualmente.
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 2 centavos de cruzeiros do ano de 1975, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Mas afinal de contas, qual é o valor da moeda de 2 centavos do ano de 1975, tomando como base as informações de catálogos numismáticos mais atualizados.
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
x | R$ 6,00 | R$ 10,00 |
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.