Os casos do novo coronavírus seguem crescendo em todo o Brasil, bem como o número de óbitos. Todo o cenário, semelhante ao início da pandemia, tem deixado muitos deputados federais e senadores preocupados, que buscam pressionar o governo para que o auxílio emergencial seja prorrogado em 2021.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, bem como os seus técnicos da pasta, pararam de descartar a volta do auxílio emergencial. Se antes não trabalhavam com um cenário de volta do programa, agora o benefício já é visto como uma das “últimas alternativas” do que consideram “amplo cardápio de medidas”.
Segundo membros da Economia, criar novamente o auxílio emergencial não seria coerente. O programa custou R$ 294 bilhões aos cofres públicos e o governo avalia que pode ser incoerente retomar o auxílio porque as cidades agora estão funcionando “normalmente”, o que não acontecia quando ele foi inaugurado, com a paralisação de atividades e fechamento do comércio.
Segundo um técnico da pasta de Guedes, o auxílio emergencial foi criado para que trabalhadores informais não morressem de fome enquanto estivessem em casa na pandemia. Agora, ele afirmou que “os taxistas estão nas ruas, as cidades estão movimentadas”. Porém, o auxiliar de Guedes afirmou que o governo não quer dar dinheiro para baile funk. “Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk”, disse.
Os membros da Economia revelam que seja necessário verificar se o aumento de casos de covid-19 no Brasil aconteceu por causa das aglomerações nas festas de fim de ano ou se realmente se trata de uma “segunda onda”. Guedes teria afirmado para auxiliares que, se o Brasil voltar a registrar 1.000 mortes por dia por um longo período e novas medidas de restrição forem retomadas, ficará difícil não voltar com o auxílio emergencial.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou nesta semana que o auxílio emergencial pode retornar. Porém, caso uma nova liberação seja feita, o valor não será liberado para todos os brasileiros que receberam o benefício no ano passado. Em 2020, o benefício foi pago aos trabalhadores informais.
De acordo com o ministro, somente metade das pessoas que tiveram direito ao auxílio em 2020 receberão o benefício novamente. A declaração foi dada durante um pronunciamento de Guedes ao lado do novo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Guedes confirmou que o pagamento do auxílio emergencial estará de volta em um ambiente de maior fortalecimento da saúde fiscal do Brasil. Ademais, ele confirmou que a volta do benefício depende do acionamento de “cláusulas necessárias”
A liberação do auxílio emergencial fez parte de um conjunto de medidas tomada pelo Governo Federal com o objetivo de amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19. Foram cinco parcelas de R$600 e quatro parcelas de R$300.
Caso o Governo Federal opte por prorrogar o auxílio emergencial, pode ser provável que os pagamentos das parcelas continuem com o valor de R$300 ou seja um pouco menor. A expectativa pela prorrogação do auxílio emergencial em 2021 aumenta.