O segundo turno no Equador, que vai definir o novo presidente do país, finalmente foi definido. Após duas semanas de apuração, os equatorianos agora já sabem que vão ter que decidir entre um candidato de esquerda e um candidato de direita, como aconteceu recentemente em Bolívia, Argentina e Uruguai.
No domingo (21), o órgão eleitoral definiu que o esquerdista Andrés Arauz, apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, disputará a preferência do eleitorado com Guillermo Lasso, candidato de direita (conservador nos costumes e liberal na economia).
A disputa pelo segundo lugar, entre Lasso e Yaku Pérez, líder índigena, foi muito acirrada e, no fim, o primeiro turno acabou assim:
- Andrés Arauz – 32,7%
- Guillermo Lasso – 19,74%
- Yaku Pérez – 19,38%
Entraves do segundo turno no Equador
O segundo turno no Equador tem alguns entraves importantes, que dizem respeito à figura de Rafael Correa.
Ele, Correa, foi condenado por corrupção no Equador, mas não foi preso por estar vivendo na Bélgica.
Seu antigo apoiado, Lenín Moreno, rachou com ele após brigas. E seu temperamento lança dúvidas sobre a persona de Arauz. Muitos perguntam se Arauz terá independência ou se governará como uma sombra de Correa.
Por outro lado, Lasso deve se aproximar de algumas pautas de esquerda, no intuito de derrotar o correísmo. Ou seja: ao invés de derrotar os ideais, ele tenderá a derrotar a personalidade de seu rival no pleito.
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