
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mentiu nessa quinta-feira (11) ao dizer que “não houve relato de falta de oxigênio em Manaus”. Ao falar ao Senado, o general falou que o que foi relatado ao Planalto na verdade foi uma falta de “rede” de oxigênio.
Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (MDB) contestou Pazuello. Segundo ele, a fala de Pazuello não é verdade.
“Desculpe-me, esse relatório que falou de rede pressurizada entre município e estado com relação a oxigênio — essa rede não existe, ministro, essa rede não existe. Portanto, não é possível dizer que a falta de oxigênio no Amazonas foi em função de falta de pressão entre redes inexistentes. Isso não é verdade”, protestou Braga, de acordo com o portal G1.
Senadores cobram Pazuello por falta de oxigênio
Para a maior parte dos parlamentares que se manifestaram, houve demora do governo para garantir as doses necessárias. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou erros na estratégia de imunização. Para ela, se o Brasil conseguir avançar no ranking da vacinação não será graças ao governo, mas sim em razão da estrutura e das políticas de imunização já existentes.
Na mesma linha, Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que o Brasil tem 37 mil pontos de vacinação e disse que se o país tivesse vacinas suficientes, poderia imunizar, em 30 dias, mais de 70% da população. Para ele, o risco da demora é de que haja o desenvolvimento de uma cepa não suscetível e que todo o esforço já feito seja perdido.
O senador Reguffe (Podemos-DF) disse que houve atraso do Ministério da Saúde para tomar as providências necessárias para a imunização e sobre a falta de oxigênio no estado do Amazonas. Ele lembrou que, apesar de o ministro ter assumido em maio, somente em dezembro foi editada uma medida provisória para viabilizar a compra de imunizantes.
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