O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala à imprensa, após a terceira reunião do colegiado, no Palácio Itamaraty em Brasília
O vice-presidente da República Hamilton Mourão apresentou nessa quarta-feira (10) o plano de contenção do desmatamento na Amazônia para o este ano e o próximo. Denominado “Plano Amazonia”, o projeto tem como objetivo substituir o atual “Plano Verde Brasil”.
Hamilton Mourão afirmou que o governo irá concentrar suas as ações nos municípios onde ocorrem 70% dos crimes ambientais de toda a Amazônia. O anuncio, porém, não identificou quais cidades serão alvo do projeto. O governo também vai retirar os militares que atuavam na região.
Ação para além do desmatamento na Amazônia
Hamilton Mourão tem sido pressionado a falar de sua relação com o presidente da República Jair Bolsonaro. Alguns têm até comparado a atuação de Mourão com a atuação de Michel Temer antes de entrar no embalo do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Para além da situação do desmatamento na Amazônia, portanto, Mourão tenta provar que é importante dentro da estrutura do governo.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) deu um novo passo em direção ao distanciamento de seu vice, Hamilton Mourão. Ele deixou o general de fora de uma reunião ministerial que aconteceu em Brasília.
Hamilton Mourão, porém, disse que não foi convocado: “Acredito que o presidente julgou desnecessária a minha presença”.
A imprensa tem falado em clima ruim entre os dois após um assessor do vice-presidente ter conversado sobre um possível impeachment com o chefe de gabinete de um deputado federal.
Sobre essas especulações, Mourão tem amenizado o discurso e dito que não nenhum problema em sua relação com o presidente Bolsonaro.
O presidente no entanto, nos eventos que anteciparam o anúncio do plano de contenção do desmatamento na Amazôniza, chegou a dizer que qualquer um que queira dar “pitaco” no governo tem que se candidatar em 2022.
Isso aconteceu quando Mourão sugeriu que Bolsonaro iria trocar o ministro do Itamaraty, Ernesto Araújo.