A Polícia Federal (PF) está fora da suspensão no Poder Executivo Federal. Mas, para realizar concurso precisa da confirmação de verba por parte do Ministério do Planejamento para preencher 558 vagas de delegado e perito (veja mais sobre esse concurso aqui). Na última quarta-feira, 31 de agosto, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Penapef), Luis Antônio de Araújo Boudens, apontou que existe a carência de 13.300 servidores.
Ainda de acordo com Luis, a federação tem buscado junto à PF a realização de concurso também para agente de polícia federal, já que o cargo conta com uma carência de 6.400 servidores. Na sua opinião, um novo certame precisará ser aberto já em 2017. “A PF desempenha uma série de atribuições de fiscalização e controle que são de responsabilidade desses servidores”, observou.
Para participar em qualquer um dos cargos (Agente de Polícia, Escrivão e Papiloscopista), é necessário nível superior em qualquer área. O salário inicial chega a R$9.159,59, já incluso o auxílio-alimentação, de R$458. Porém, esse salário pode ser ainda maior. É que recentemente foi assinado um acordo com o governo que prevê que os valores subam para R$10.233,83 a partir de janeiro/2017.
O governo enviou para o Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL) que prevê o reajuste para delegados e peritos. Com a proposta, os salários iniciais de delegados e peritos passarão a ser de R$22.102,37. Com isso, os próximos concursados já deverão ingressar no órgão com os valores atualizados.
Prepare-se antecipadamente: Apostila PF – Agente de Polícia 2016/2017
Além das vagas para Delegado, Perito, Escrivão, Agente e Papiloscopista, o presidente da Federação defendeu também a recomposição do quadro de servidores administrativos, cargo de Agente Administrativo, com requisito de nível médio (veja aqui), que tem carência de nada menos que 5.300 servidores. De acordo com ele, quase 70% dos que ingressaram no último concurso para o setor já deixaram o órgão.
De acordo com o decreto 8.326, já promulgado em 10 de outubro de 2014 pela presidência da república, a Polícia Federal não precisa mais de autorização por parte do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para abrir novos concursos. Apesar disso, ainda precisa de um parecer do órgão sobre as condições financeiras para o provimento das vagas.