O sistema de placas veiculares brasileiro passou por grandes mudanças nos últimos anos. Uma das mais notáveis foi a adoção das placas do Mercosul. Contudo, uma proposta em análise na Comissão de Assuntos Econômicos visa reverter essa mudança, trazendo de volta a identificação do município e do estado de registro do veículo na placa. Esta proposta tem gerado debates acalorados entre os legisladores e o público em geral. Vamos voltar ao modelo antigo de placas? A placa Mercosul, que pode ser substituída pelo modelo antigo se a proposta for aprovada.
O PL 3.214/2023, proposto pelo senador Esperidião Amin, sugere alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), especificamente na Lei 9.503, de 1997. A principal mudança proposta é a inclusão do local de registro do veículo nas placas, um recurso presente no modelo anterior de placas, mas ausente nas placas do Mercosul.
Amin argumenta que a inclusão do local de registro na placa é crucial para as autoridades de trânsito e de segurança pública. Essa informação auxilia na rápida identificação da origem de um veículo em casos de infrações de trânsito, roubos, furtos e outros crimes relacionados ao transporte.
“As polícias rodoviárias, agentes de tráfego e outros órgãos de fiscalização dependem dessa informação para realizar seu trabalho de forma eficiente e precisa”, argumenta Amin.
Além disso, o senador acredita que a informação local na placa promove um “senso de identidade regional” que pode prevenir acidentes de trânsito causados por falta de familiaridade com o trânsito local.
A Placa de Identificação Veicular (PIV) atual foi criada com o intuito de dificultar as falsificações e padronizar as placas entre os países integrantes do Mercosul. A placa Mercosul foi adotada primeiro pelo Uruguai em 2015, seguido pela Argentina em 2016, Brasil em 2018 e Paraguai em 2019. No Brasil, a placa Mercosul tornou-se obrigatória para todos os veículos novos a partir de 2020.
Apesar da cidade de origem do veículo não constar na placa Mercosul, um aplicativo oficial do governo federal chamado Sinesp Cidadão fornece essa informação, bem como a situação de regularidade do automóvel.
A proposta de alteração no CTB tem gerado discussões. Enquanto alguns concordam com o argumento de Amin de que a informação local na placa é crucial para a segurança e a eficiência do trânsito, outros argumentam que a padronização promovida pela placa Mercosul traz benefícios significativos que não devem ser ignorados.
A discussão sobre a mudança das placas veiculares no Brasil é complexa e envolve uma série de fatores, desde a eficiência na fiscalização até a identidade regional. A alteração proposta no CTB tem potencial para impactar todos os brasileiros que possuem veículos. Portanto, é crucial acompanhar o desenrolar dessa discussão e entender as implicações de qualquer mudança que venha a ser implementada