Um dos sistemas de transferência de dinheiro mais usado pelos brasileiros, o Pix acabou de alcançar mais um recorde. De acordo com informações do Banco Central (BC), foram registradas mais de 233,1 milhões de transações com Pix na última sexta-feira (5). Trata-se, portanto, de um novo recorde diário.
Antes, o volume mais alto de transações em único dia foi registrado no dia 7 de junho, quando mais de 206,8 milhões de transações foram realizadas, ainda de acordo com informações do Banco Central (BC).
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, diz o BC, em nota.
O novo recorde foi batido justamente em um momento em que o Banco Central está trabalhando em uma série de novidades neste sistema de transferência de dinheiro. Neste artigo, vamos tratar sobre algumas delas.
De acordo com Campos Neto, o consumidor vai poder registrar uma chave Pix nas carteiras digitais, como é o caso da Google Play, por exemplo. Logo depois, ele vai poder usar o pagamento por aproximação da mesma maneira como ele já está acostumado a utilizar o sistema através do cartão de crédito, ou de débito.
“Percebemos que podemos fazer algo que pode ser muito rápido. Estamos fazendo uma associação com as carteiras, como Google Pay e Apple Pay, e ao invés de colocar cartão de crédito lá, pode apenas colocar Pix”, disse Campos Neto, durante evento Valor’s Emerging Tech Summit 2024.
“Estamos trabalhando nos acordos com as empresas das carteiras digitais”, disse o presidente do Banco Central ao ser questionado sobre a data em que a nova funcionalidade será liberada para os usuários brasileiros.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco Central (BC) iniciaram os debates em torno de melhorias no chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso criado justamente para facilitar as devoluções em casos de fraudes.
Os estudos em torno do tema ainda estão em fase inicial, e a tendência é que o sistema de devolução ainda vá demorar para chegar aos celulares dos brasileiros. De acordo com informações de bastidores, a projeção mais otimista é de que o sistema de devolução só estará pronto em 2026.
Hoje, a avaliação da Febraban é de que os criminosos espalham o dinheiro de golpes e crimes em várias contas diferentes. Isso dificulta a tarefa dos investigadores. A ideia é criar um sistema que aprimore esta investigação e possa identificar estes crimes mais rapidamente, o que permitiria uma devolução.
“A Febraban acredita que o MED 2.0 (nome do sistema de devolução) será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, relatou Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.
O WhatsApp anunciou na última recentemente que vai adotar o Pix como forma de pagamento instantâneo em parte de suas transações. A ideia é permitir este tipo de pagamento entre os clientes e empresas diretamente no app de mensagens. O novo recurso será válido apenas no Brasil.
Mas o fato é que ainda não há uma data para que o uso do Pix pelo WhatsApp comece a funcionar. Esta é uma informação que a Meta, empresa que responde pelo gerenciamento do site, vai indicar apenas em um segundo momento.
A novidade em questão foi anunciada no palco Conversations, um evento global da meta que acontece neste momento na cidade de São Paulo. O presidente executivo do mensageiro, Mark Zuckerberg, não está presente no evento, mas participou de um painel através de um contato por vídeo.