O PIX é o sistema de pagamentos e transferências instantâneas criado pelo Banco Central, que começou a operar em novembro de 2020. A ferramenta, que já é um sucesso, passará por uma série de ampliações com o objetivo de conferir mais capilaridade e incentivar a eletronização dos meios de pagamento no país.
Esta é a nova previsão do Banco Central, apesar dos cortes orçamentários promovidos pelo Governo Federal para 2021. Assim, representantes da instituição financeira garantem que não haverá qualquer impacto para a operação do PIX ou para a agenda de evolução do sistema, divulgada ainda em janeiro.
Segundo o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte, alguns projetos já traçados devem se estender até 2022, mas “cortes orçamentários não têm impacto nessa agenda”. As novidades que vão permitir saques em dinheiro vivo no comércio são grandes pontos da agenda do PIX para 2021, mas o segundo semestre trará mais itens.
“O PIX é considerado como prioridade absoluta. Todos os produtos e toda a sua manutenção, bem como sua operação estão absolutamente garantidos”, disse Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto do mesmo departamento do BC.
Diversas novidades chegarão ao dia a dia do brasileiro neste ano de 2021 através do PIX. Entre elas, pode-se citar, por exemplo, o PIX por aproximação, que é uma nova funcionalidade com o objetivo de facilitar pagamentos simples, que não exigem autenticação e a dinâmica de pagamentos offline.
Pela configuração atual, o PIX exige que as duas pontas da transação estejam conectadas. Assim, com a criação da funcionalidade de QR Code offline, a ideia é alcançar também casos nos quais pagador ou recebedor estejam desconectados, ou mesmo situações de dupla desconexão.
Além desses itens, há outros que já entraram em funcionamento após a liberação dos pagamentos e transferências instantâneas. Como por exemplo, a possibilidade de integração do PIX à agenda telefônica de smartphones e o mecanismo especial de devolução, que permite estornos em casos de falha operacional ou comprovações de fraude.
As duas principais funcionalidades que estão sendo lançadas agora são o PIX Saque e PIX Troco. Dados do BC apontam que entre novembro do ano passado e abril de 2021, o PIX acumulou mais de 500 milhões de transações, com adoção considerada rápida e crescente, o que deixa a instituição ainda mais animada com as novas funcionalidades.
Conforme os objetivos do Banco Central, os novos produtos prometem não só facilitar o acesso a pontos de retiradas de dinheiro, mas devem trazer benefícios para os estabelecimentos que oferecem a modalidade. Logo, permite aumentar o fluxo de clientes e o seu potencial de vendas.
Como ainda passam por consulta pública, que segue até o mês de junho, o PIX Saque e o PIX Troco ainda podem passar por mudanças nas regras. Porém, com as novas possibilidades de utilização da plataforma previstas para os próximos meses, a perspectiva é de que também as empresas, e principalmente o varejo, façam essa adesão avançar bem mais.
Por fim, a proposta de funcionamento do PIX Saque apresentada pelo Banco Central prevê a realização de saques feitos no comércio por meio de pagamentos que colocam dinheiro vivo na mão do cliente. Já o Pix Troco, por sua vez, permite que o pagamento via PIX seja feito em valor mais alto que a compra para o saque da diferença.