Economia

Pix é um sucesso no e-commerce e se torna aposta para o futuro

O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) atualmente é aceito em três de cada quatro lojas virtuais do Brasil na internet. Aprincípio, o Pix tem como vantagem principal o fato de eliminar a perda de vendas comuns nos boletos e garantir ao vendedor o dinheiro em tempo real, em sua conta.

O Pix é uma forma de pagamento instantâneo que é oferecido de maneira gratuita pelo BC a pessoas físicas e jurídicas. Ademais, é um modelo recente, criado em 2020, que tem como objetivo eliminar as transferências bancárias por TED e por DOC, tornando mais acessível o pagamento de contas.

O sistema vem sendo utilizado por sites e plataformas de e-commerce na internet substituindo o pagamento via boleto. Todavia, para as empresas varejistas é uma boa oportunidade de aumentar as suas vendas no comércio eletrônico e diminuir o abandono de compras, tornando a aquisição de produtos e serviços facilitada.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), cerca de 50% das compras realizadas através de boletos de pagamento não são concluídas. Em síntese, isso se deve ao fato de que este tipo de compra não é muito flexível, pois os consumidores acabam preferindo outras formas de pagar pelos produtos.

Sucesso do Pix

Depois de dois anos do lançamento do Pix ele se tornou a segunda maior forma de pagamento, ficando atrás apenas dos boletos. Em janeiro de 2021 ele possuía uma aceitação de 16,9% de aceitação nos comércios virtuais brasileiros. Atualmente, o Pix alcançou cerca de 76,3%. aliás, espera-se que o índice alcance os 92% nos próximos anos.

O Pix não só reduz a desistência de compras, como também possui as menores taxas entre os varejistas, em comparação com outras formas de pagamento. Segundo Lorain Pazzetto, líder do Grupo FCamara, empresa ligada ao varejo eletrônico, a redução de 0,1% do valor de venda nas empresas de e-commerce, significa ganhos milionários.

Uma das plataformas de e-commerce que merece destaque é o Mercado Livre. No segundo trimestre de 2022, houve um aumento de 130% na utilização do Pix nas suas transações, em relação ao mesmo período do ano passado. Houve também uma redução de 33% no uso dos boletos bancários.

Lojas oficiais de grandes corporações como Samsung, Hering e Nike já aceitam o Pix em suas transações na plataforma. Vale observar que o Mercado Pago, que possui 30 milhões de usuários e 10 milhões de vendedores, tem um quarto de suas transações relacionadas ao modelo de transferência eletrônico.

Atualização do Pix

O sistema utilizado para o Pix deverá sofrer uma atualização em busca de se evitar golpes, contas laranjas e fraudes, envolvendo o meio de transferência. O BC vem estudando meios de aumentar a segurança das operações. Isso porque o números e golpes não para de crescer.

A instituição financeira procura meios de alterar o sistema criado para reaver valores. O objetivo é tornar mais seguras as transações envolvendo pagamentos. Dessa maneira, o mecanismo especial de devolução está passando por uma reformulação. Através dele o usuário terá como reaver os valores desviados.

O BC apresentou um documento no qual informa a criação de uma notificação automática chamada de ramificação de valores. Ela é acionada a partir do momento onde golpistas transferem em tempo real o dinheiro da vítima para contas laranjas, tornando o rastreio mais difícil.

As medidas e seu aperfeiçoamento para tornar as transações via Pix mais seguras deverão ser feitas em até oito meses. Uma das propostas é ampliar o bloqueio da conta até a quinta camada de ramificação, tornando o limite de 30 minutos após o recebimento da transação para abrir a primeira ramificação. A ideia é reduzir as ações criminosas.

Conclusão

Especialistas afirmam que a evolução do Pix pode estimular a inovação tecnológica no país, através de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Analogamente, este avanço está relacionado às finanças digitais. De fato, o modelo de pagamento eletrônico teve um papel fundamental no avanço do Brasil no Índice Global de Inovação, levando o país à 54ª colocação na lista.

em conclusão, o pix resolveu problemas relacionados a uma carência de meios de pagamentos, uma demanda da população do país, inovando o setor bancário brasileiro. De fato, as novas tecnologias e serviços podem beneficiar uma grande parcela dos brasileiros e movimentar o varejo e o comércio eletrônico.