De acordo com o Banco Central do Brasil, a instabilidade no PIX durante a última sexta-feira (3) não foi causada por um incidente na segurança do sistema de pagamentos. A autarquia negou qualquer vazamento de dados dos usuários do PIX.
“A falha operacional foi no sistema do BC. Não houve qualquer tipo de vazamento ou incidente de segurança. A falha técnica nos sistemas do BC gerou somente instabilidade temporária na capacidade de processamento”, disse o BC em nota enviada ao veículo de comunicação InfoMoney.
Segundo informações disponibilizadas pelo Banco Central, houve uma “falha pontual específica”. Apesar disso, a autoridade monetária não detalhou o motivo da instabilidade no PIX. “Apesar da falha pontual específica na sexta, o sistema opera desde sua implantação com altíssimo índice de disponibilidade, acima do acordo de nível de serviço de 99,9%”, disse o BC.
No final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que ainda em 2023 o Banco Central deve lançar o crédito no PIX. Para Haddad, a nova função faz parte de uma agenda de reformas no sistema de crédito para melhorar o ambiente no país.
“Fiz uma reunião de 1h30 com o presidente do Banco Central [Campos Neto]. Vamos desengavetar todas iniciativas do BC que estavam paradas no Executivo”, disse. O ministro da Fazenda ainda informou que existem oito projetos de lei prontos envolvendo o PIX. “A lei de garantias, com pequenos ajustes, vai passar pelo Senado”, afirmou.
O PIX é um sistema de pagamento instantâneo totalmente brasileiro, criado em 2020 pelo Banco Central. Por meio do sistema, os usuários podem transferir recursos entre contas em poucos segundos, a qualquer dia ou hora, inclusive aos finais de semana e feriados.
Além do mais, é possível utilizar PIX a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Para o BC, o sistema é capaz de alavancar a competitividade e eficiência do mercado, baixar o custo e aumentar a segurança, aprimorando a experiência dos clientes.
O PIX também incentiva a eletronização do mercado de pagamentos e promove a inclusão financeira dos cidadãos. Com tantas vantagens, o sistema se consolidou como um dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil.
“O Pix já está totalmente incorporado ao dia a dia do cidadão brasileiro, do pequeno empreendedor e até dos grandes negócios. Vários sites de comércio eletrônico, várias lojas de departamento já estão usando o Pix e também na feira, na pequena loja na esquina e as próprias pessoas físicas, que são os maiores usuários do Pix”, afirma Angelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central.
É importante informar que o acesso ao PIX ocorre exclusivamente pelos canais de atendimento das instituições financeiras e de pagamento autorizadas pelo BC. Isso significa que para utilizar o sistema de pagamentos, os usuários devem cadastrar uma chave (e-mail, número de telefone ou CPF/CNPJ) diretamente no aplicativo ou internet banking da sua instituição de relacionamento.