Depois de diversas chuvas, a cidade de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, se encontra em estado de calamidade pública.
Nesse sentido, já são cerca de 867 moradores que se encontram desabrigados desde o desastre da semana passada.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a catástrofe foi a maior desde de 1932. Isto é, ano em que a cidade também sofreu com fortes chuvas.
Ademais, durante a tarde da última segunda-feira, 21 de fevereiro, a Defesa Civil municipal retornou a acionar as sirenes de alerta. Estas, por sua vez, estão próximas às áreas de risco. Desse modo, prevê-se mais chuvas para a cidade.
Até o momento, o número de mortos chega a 183. Além disso, de acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
Então, para intensificar e agilizar as buscas, mais de 150 militares de 15 estados e do Distrito Federal foram para o local.
Em Minas Gerais, o estado também contou com um benefício para este público.
Os trabalhadores poderão efetuar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em razão de calamidade. São eles aqueles das cidades de:
Esta possibilidade se inicia a partir desta terça-feira, 22 de fevereiro. Assim, cada trabalhador impactado pelas enchentes poderá retirar uma quantia de até R$ 6.220.
Sobre o Auxílio Gás, não se sabe, contudo, se estes terão acesso ao valor.
Além disso, durante a última segunda-feira, 21 de fevereiro, o prefeito Rubens Bomtempo divulgou um acordo com o Governo Estatual, do governador Claudio Castro. Assim, haverá o aumento do valor do programa Aluguel Social para R$ 1 mil, a cada grupo familiar. Deste valor, portanto, R$ 800 seriam pagos pelo estado e R$ 200 pelo município.
As famílias desabrigadas entrarão de maneira automática no programa aluguel social. Isto é, tratam-se daquelas que se encontram nas 13 escolas públicas que a Secretaria Municipal de Assistência Social coordena.
“O governador se convenceu de que, com R$ 500, fica impossível conseguir casa popular em área segura para o povo de Petrópolis que hoje está nos abrigos improvisados”, relatou o prefeito Rubens Bomtempo.
Além disso, junto de contar com membros do governo do estado e do município, o encontro também contou com a participação de representantes do Ministério Público do Rio de Janeiro, da Defensoria Pública do Estado e de integrantes da Igreja Católica.
O programa se trata de um benefício que tem o objetivo de proporcionar um abrigo temporário para famílias que se encontrem em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Assim, de acordo com a Prefeitura de Petrópolis, estes cidadãos também serão passarão po cadastro no programa Cartão Imperial.
“Esse benefício, no valor de R$ 70, é pago mensalmente a mais de quatro mil famílias e tem como objetivo o complemento de renda para a compra de alimentos”, destacou o município.
A prefeitura divulgou ontem, 21 de fevereiro, agradecendo todas as colaborações e doações de diversas regiões do país. Desse modo, a nota cita também quais são as principais necessidades da população, entre os principais estão os produtos de higiene e cuidados pessoais.
Nesse sentido, de acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, até o momento a cidade recebeu uma grande quantidade de alimentos e roupas. No entanto, as doações de roupas íntimas, absorventes, máscaras, desodorantes, saco de lixo e fraldas estão chegando em menor quantidade.
“Precisamos muito de ajuda e é primordial que esses atendimentos sejam feitos de forma coordenada para que se tenha o controle da situação e para que as famílias tenham segurança.”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo, que é médico e já atuou nos hospitais da cidade.
Uma semana após a pior tragédia na cidade de Petrópolis, cerca de 183 mortes já haviam sido registradas até o momento. Assim, ainda com uma grande quantidade de lama e escombros espalhados pelas ruas da cidade, o processo de buscas ainda continua.
Segundo dados da Polícia Civil, das vítimas encontradas, 111 são mulheres, 72 homens e 32 crianças ou adolescentes.
Contudo, desde o último dia 15 de fevereiro, a cidade enfrentou mais uma onda de fortes chuvas, o que vem dificultando muito o trabalho de resgates pelas equipes. Ainda assim, até a manhã desta terça-feira, 22 de fevereiro, mais de 300 análises de terreno já ocorreram pela Defesa Civil.
Atualmente, com 183 vítimas, a tragédia durante a última semana na cidade de Petrópolis já superou os números do ano de 1988. Isto é, quando 171 pessoas morreram em razão das fortes chuvas e alagamentos.
Ademais, recentemente, a maior tragédia havia ocorrido no ano de 2011, quando 73 pessoas morreram em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo, 428 mortos, e Teresópolis, 387), segundo dados do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.
No acontecimento, então, o Morro da Oficina, no Alto da Serra, foi um dos locais mais atingidos, com grande deslizamento de terra. Desse modo, pelo menos 80 casas foram afetadas só naquela região.
Assim, desde 1988, Brasil soma quase 4 mil mortes em razão de deslizamentos.
Por fim, os trabalhadores de Petrópolis que foram atingidos por esta tragédia poderão contar com mais um apoio.
Trata-se do anúncio da empresa do setor telefônico OI, na qual ela irá disponibilizar um pacote de dados de 5 GB gratuitamente para todos os clientes que residem na cidade de Petrópolis que fazem parte do plano pré-pago e controle.
Dessa maneira, o objetivo da ação é de auxiliar e cidadãos e comércios que sofreram com as fortes chuvas na região. Assim, é possível garantir que o usuário possua acesso à internet.
Entre as ações que a empresa propõe, também está a flexibilização, por um período de 10 dias, do pagamento de faturas com vencimentos entre os dias 14 de fevereiro a 07 de março. Ademais, o bloqueio das linhas por inadimplência também foi suspenso para manter a comunicação na região.
Além disso, a empresa divulgou por meio de nota, que vem trabalhando para restabelecer os serviços afetados na região.
“Equipes estão de prontidão para o restabelecimento dos nossos serviços, dentro das condições de segurança e conforme a normalização da rede elétrica”, relatou a Oi por meio de nota.
Desse modo, estes trabalhadores poderão ter o mínimo de apoio para se reestabelecer.