As pessoas que receberem as vacinas contra a Covid-19 ainda precisarão usar a máscara por um tempo. Os cientistas e autoridades de saúde de todo o mundo não tem certeza ainda se o vírus pode continuar sendo transmitido de pessoas vacinadas para pessoas que não receberam o imunizante. Ainda que alguém que foi vacinado não adoeça se for infectado pelo coronavírus, pode ser um transmissor da doença e infectar familiares e amigos.
As vacinas estão sendo desenvolvidas em tempo recorde devido a urgência que a pandemia vem exigindo. As vacinas aprovadas e disponíveis até o momento requerem duas doses para serem totalmente eficazes. A segunda dose da Pfizer e da CoronaVac, por exemplo, devem ser administradas após três semanas da primeira dose. Então, uma pessoa não deve se considerar segura até receber a segunda dose.
Por conta de toda essa corrida em busca de uma vacina que bloqueie a Covid-19, não foi possível descartar a infecção assintomática de pessoas inoculadas. Assim, é importante o uso de máscara até que se alcance a chamada imunidade de rebanho.
A imunidade de rebanho ou imunidade populacional é uma forma de proteção indireta contra doenças infecciosas, ocorrendo quando determinada parte da população se torna imune à infecção em questão. Em outras palavras, a imunidade de rebanho ocorre quando a propagação uma doença infecciosa, como a Covid-19, se torna muito baixa.
De qualquer forma, o desenvolvimento de uma estrutura logística deve fazer parte de todo o programa de imunização dentro de um país. A definição das fases de vacinação de acordo com as prioridades é crucial para o sucesso do programa, promovendo a redução da transmissão da carga viral.
Para que ocorra de fato a imunidade de rebanho é preciso que cerca de 60 ou 70% da população esteja vacinada. Até lá é necessário continuar seguindo as medidas de restrição como o uso das máscaras faciais de proteção, distanciamento social e lavagem das mãos para evitar que novas contaminações ocorram.
Espera-se que a imunidade de rebanho demore vários meses para ocorrer após o início da vacinação na população de cada país. Caso não ocorra tal imunização da população, políticas mais severas poderão ser aplicadas, como considerar a obrigatoriedade da imunização da população. Nesse sentido, escolas, universidades e locais de trabalho podem se tornar grandes centros de imunização.
Países como Estados Unidos, Brasil, Rússia, Canadá, Turquia, entre outros, acreditam que a maioria da população dos respectivos países seja vacinada até o final de 2021 e início de 2022.