Os motoristas do Brasil não estão muito felizes com os preços da gasolina. O combustível é bastante utilizado pelos consumidores para abastecerem o tanque dos seus veículos, mas essa tarefa tem sido cada vez mais difícil.
Na matéria que acaba de sair hoje, você poderá ver que em abril, o preço da gasolina teve uma leve alta de 0,55%, o que corresponde a três centavos. Esse aumento, apesar de não parecer grande coisa, acaba afetando a renda dos motoristas.
Em resumo, esse aumento de três centavos se refere ao litro do combustível. Como os consumidores geralmente abastecem seus veículos várias vezes no mês, qualquer aumento no preço da gasolina acaba pesando no rendimento mensal.
Com o acréscimo do resultado de abril, o litro da gasolina passou a ser comercializado a R$ 5,51 no país. Contudo, ao considerar as regiões brasileiras, os valores foram bem variados.
Confira os preços médios da gasolina em cada região brasileira:
Em abril, o valor do combustível subiu em quatro regiões. O maior avanço veio do Norte (+1,74%), seguido por Sudeste (+0,93%), Centro-Oeste (+0,92%) e Nordeste (+0,36%). A única exceção foi o Sul, onde a gasolina ficou 0,18% mais barata.
Em valores reais, o litro do combustível ficou dez centavos mais caro no Norte, enquanto teve alta de cinco centavos no Sudeste e no Centro-Oeste, e dois centavos no Nordeste. Já no Sul, o preço caiu apenas um centavo em abril.
A propósito, todos esses dados fazem parte do levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que analisa os preços em milhares de postos de combustíveis por todo o país desde 2005.
Já em relação às unidades federativas (UFs), o preço da gasolina subiu em 15 delas. Os principais destaques foram Alagoas e Amazonas, onde os preços saltaram 5,18% e 4,94%, respectivamente. As altas de 28 e 31 centavos superaram em cerca de dez vezes a variação nacional, que foi de três centavos em abril.
Outros estados que também tiveram avanços expressivos no mês foram Tocantins (+2,64%), Santa Catarina (+2,00%), Mato Grosso do Sul (+1,75%), Acre (+1,50%), Rio de Janeiro (+1,45%) e Minas Gerais (+1,14%). Os demais avanços não superaram 1,00%.
Por outro lado, o combustível ficou mais barato em nove UFs, aliviando o bolso dos motoristas. Os destaques foram Rio Grande do Norte (-2,21%), Sergipe (-2,20%), Rio Grande do Sul (-1,85%) e Pernambuco (-1,67%), onde as quedas oscilaram entre 13 e nove centavos. Os outros recuos foram mais tímidos.
Em três UFs, o valor médio da gasolina se manteve estável: Distrito Federal, Rondônia e Roraima. Na última semana de abril, os estados que comercializaram a gasolina com os maiores preços médios do país foram:
Ou seja, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.
No final de junho de 2022, o preço médio da gasolina bateu recorde nos postos do país, com um valor médio de R$ 7,39. Diante de muitas críticas, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis, reduzindo os seus valores.
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a desoneração, mas da seguinte forma:
Assim, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando bem mais caros no país em 2023.
O litro da gasolina estava sendo comercializado a R$ 4,96 na última semana de dezembro de 2022. Isso quer dizer que o valor atual do combustível (R$ 5,51) está 11,1% maior, ou seja, os motoristas estão pagando 55 centavos a mais por litro de gasolina.
Em média, os tanques de combustível têm uma capacidade de 55 litros. Assim, o motorista que desejar abastecer o tanque do seu veículo terá que pagar R$ 30,25 a mais do que em 2022. Por isso, analistas recomendam o uso consciente dos veículos para que os gastos com combustíveis não pesem no rendimento mensal familiar.