O Palácio do Planalto segue querendo investir pesado nos auxílios sociais no segundo semestre. Isso não mudou, mas as pesquisas de opinião sobre o Presidente Jair Bolsonaro deram um certo baque no Palácio do Planalto. Pelo menos é o que as fontes dizem.
No ano passado, o Presidente Jair Bolsonaro registrou um forte aumento de popularidade nas pesquisas. Analistas políticos foram quase unanimes em afirmar que o motivo foi justamente o pagamento do Auxílio Emergencial. Até por isso, o Governo decidiu investir nos pagamentos.
Mesmo após uma pausa de três meses, os repasses voltaram em abril. E diante de um cenário de queda de popularidade, a ordem no Planalto é investir em mais programas para o segundo semestre. Assim, essa popularidade de Bolsonaro poderia se recuperar.
Em entrevista recente, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a aprovação do chefe do executivo iria começar a subir assim que o Governo retomasse os pagamentos do benefício. No entanto, as pesquisas do Datafolha e do Instituto Datapoder mostram o contrário.
Esses números dão um certo baque no Governo principalmente porque se imaginava que a aprovação ao Presidente deveria estar maior com os pagamentos. O Planalto está fazendo os repasses do segundo ciclo, ou seja, estamos quase na metade do programa.
Muita gente dentro do Palácio do Planalto está culpando os valores do benefício por essa queda da popularidade do Presidente. De acordo com o Ministério da Cidadania, que responde pelo programa, os valores deste ano variam entre R$ 150 e R$ 375.
O Governo fez pagamentos de R$ 600 no ano passado. No entanto, há um problema aí. É que se a questão for o valor, o Planalto não vai poder fazer muita coisa no segundo semestre. É que os valores dos benefícios que eles estão planejando pagar não são muito diferentes deste do atual Auxílio.
O novo Bolsa Família, por exemplo, deve ter um valor médio de pagamentos na casa dos R$ 250. Pelo menos foi isso o que disse o próprio Presidente Jair Bolsonaro. A média atual de repasses é de R$ 190. No entanto, esses R$ 250 não é muito diferente do que os valores do atual Auxílio Emergencial.
Além disso, há outro problema. É que o novo Bolsa Família deve atender menos gente. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, o Auxilio Emergencial atende hoje cerca de 39 milhões de pessoas. Nenhum programa do segundo semestre deve chegar na casa dessa quantidade de gente.
Enquanto o Governo tenta resolver esse problema, a oposição segue fazendo pressão para aumentar esse valor do Auxílio. De acordo com Deputados e Senadores, esse montante de pagamentos não é suficiente para comprar uma cesta básica nas principais cidades do país.
E não é mesmo. De acordo com dados do DIEESE, um Auxílio Emergencial não é suficiente para pagar nem metade de uma cesta nem em São Paulo, nem no Rio de Janeiro. Por isso, muita gente segue reclamando dos valores do benefício até aqui.