De acordo com uma pesquisa feita pela XP Investimentos, cerca de 50% da população do país aprova a a continuidade do auxílio emergencial em 2021 por mais alguns meses. Apesar de representar a metade da população, pode se afirmar que é a maioria dos cidadãos, uma vez que houve uma quantidade de pessoas que não souberam responder.
De acordo com dados da XP, divulgados na última segunda-feira (18), embora a grande maioria aprove a continuidade do auxílio, a maior parte da população acredita que o Governo não prorrogará o benefício em 2021.
Segundo dados da pesquisa, 78% das pessoas acreditam que o Governo não vai prorrogar o Auxílio Emergencial. Eles também não acreditam que o presidente Jair Bolsonaro vai criar outro programa para colocar no lugar desse auxílio.
Especula-se que o Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, estejam se reunindo há semanas para prorrogação desse benefício em pauta.
O auxílio emergencial liberou parcelas de R$600 e R$300 para milhões de brasileiros entre os meses de abril e dezembro de 2020. Agora o período de calamidade acabou e o Brasil não está mais fazendo a liberação do dinheiro.
A pesquisa em questão também testou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, a reprovação do presidente subiu de 35% para 40%. Já a aprovação ao presidente caiu de 38% para 32%.
A Xp entrevistou 1000 pessoas entre os dias 11 e 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial para este ano de 2021. A declaração foi dada durante conversa com simpatizantes na saída do Palácio do Alvorada.
Um dos apoiadores do presidente afirmou que o auxílio emergencial foi responsável por aumentar a popularidade de Bolsonaro no estado do Amazonas. Após ouvir a afirmação do apoiador, Bolsonaro rebateu afirmando que ninguém trabalharia se o auxílio pagasse R$ 5 mil mensais.
“Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui alguns querem torná-lo definitivo. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa”, ironizou o presidente.
Como de costume, Bolsonaro criticou ainda o fechamento do comércio e funcionamento apenas de serviços essenciais. A crítica do presidente foi feita após Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, determinar que as atividades e manutenção de serviços necessários seriam fechados a partir da semana que vem.
“Se começar a fechar tudo de novo, vai quebrar o Brasil. O Brasil vai se empobrecer. Um país pobre, de famintos”, afirmou Bolsonaro que, entretanto, ressaltou que o país está “quebrado”
Mesmo com as repetidas vezes em que Bolsonaro descartou a possibilidade de prorrogar o auxílio, o deputado Baleia Rossi insinuou que tentaria a extensão do programa. Mas o deputado não explicou como seria possível fazer a prorrogação sem afetar o Teto de Gastos e ultrapassar os limites que estão na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A iniciativa de prorrogação do auxílio também será discutida no Senado; há um projeto que tenta estender o programa até março deste ano. Até agora, a proposta feita pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) ainda não começou a ser discutida no plenário.
Por outro lado, além do presidente da República, Paulo Guedes, ministro da Economia, também declarou publicamente que é contra a prorrogação do auxílio.