Segundo pesquisa feita pela Serasa Experian, o setor de “Bancos e Cartões” contou com uma tentativa de golpe a cada 6,6 segundos no mês de julho. Além disso, o setor focado na abertura de contas e solicitação de emissão de cartões de crédito contou com mais da metade (51,5%) das tentativas de fraude neste período. Essas informações foram obtidas com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
De acordo com Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, os criminosos preferem o setor de “Bancos e Cartões”, pois existe maior possibilidade de aplicação de novos tipos de golpes sem deixar rastros.
Para o executivo, as compras com cartões em e-commerces (comércio digital) e marketplaces também facilitam a aplicação de golpes por parte dos criminosos. Isso porque esses tipos de compra não exigem a senha dos cartões.
No mês de julho deste ano, ocorreram 785.289 tentativas de golpe no Brasil, o que representa um aumento de 3,4% em comparação com o mês anterior. Além do setor de “Bancos e Cartões”, os que mais contaram com tentativas de fraude foram: “Serviços” (27,8%), “Financeiras” (15,8%), “Varejo” (3,6%) e “Telefonia” (1,4%).
Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, afirma que é difícil saber se essa tendência irá se manter durante os próximos meses. No entanto, o setor de “Bancos e Cartões” já é o principal foco dos golpistas há algum tempo.
Nesse sentido, desde janeiro deste ano este setor foi o que registrou mais ocorrências de tentativas de golpe, devido à possibilidade de motivar novas fraudes, as quais possuem relação com a primeira abertura de conta ou cartão fraudulento
Com relação aos outros setores com mais tentativas de golpes, Rocha explica que “Financeiras” têm maior relação com os financiamentos, e “Varejo” com o braço financeiro, como private label e iniciativas de empresas do ramo. Por outro lado, o setor de “Serviços” engloba as atividades que não se enquadram nos outros setores, como os seguros.
No sentido do perfil das vítimas, os criminosos geralmente preferem aplicar as fraudes aos brasileiros entre 36 e 50 anos, sendo que 35,8% das tentativas foram mal sucedidas. Segundo Rocha, “normalmente é a faixa etária economicamente mais ativa, então os fraudadores têm mais acesso a dados ou recursos desse nicho para tentar golpes”.
Os dados da pesquisa da Serasa demonstram que o Rio Grande do Sul foi o único estado que não registrou crescimento nas tentativas de golpe em julho que, na verdade, diminuíram em 0,8%. Por outro lado, o Distrito Federal registrou o maior aumento no número de tentativas, com alta de 8%, chegando ao total de 19.065 ocorrências.
Além disso, o Distrito Federal também registrou o maior número de tentativas de golpes para cada milhão de habitantes, totalizando 6.019 ocorrências, seguido de Santa Catarina (5.119) e Mato Grosso (4.931).
Caio Rocha completou dizendo que as empresas brasileiras vêm investindo pesado em tecnologias de autenticação e outras prevenções de golpes. Segundo estimativas da Serasa, este mercado movimenta centenas de milhões de reais no Brasil.