Cerca de 85% dos jovens que moram no Brasil afirmaram que a pandemia dificultou a procura de emprego. Além disso, 78% afirmam que esse período impactou diretamente no acesso e qualidade de educação. Os dados são da pesquisa realizada pela Arcos Dorados, em conjunto com a consultoria Trendsity.
De acordo com o estudo, 32% dos entrevistados tiveram adiamentos ou seus estudos foram interrompidos, e ao olhar para o futuro esta geração demonstra um nível de otimismo que chega a 48%. Isso demonstra que existe uma necessidade de mais apoio e ferramentas que permitam com que os jovens se sintam mais empoderados para o próximo ano.
A pesquisa foi realizada com jovens entre 16 e 24 anos, sendo que para 61% desses jovens a formação “é essencial para conseguir o cargo na primeira experiência”. Com base nesse estudo, a empresa decidiu oferecer cursos gratuitos para os estudantes da América Latina, com direito a certificado de conclusão.
Entre as qualificações que foram ofertadas, é possível estudar sobre inteligência emocional, empreendedorismo, finanças pessoais, atendimento ao cliente, saúde e bem-estar. A falta de oportunidade de trabalho nessa faixa etária tem se mostrado como um dos maiores problemas e de acordo com a Arcos Dorados, é possível fazer algo a respeito para mudar essa realidade.
Alguns cursos de curta duração vão ser gratuitos e estarão disponíveis a partir do dia 12 de agosto. O acesso para os alunos estará disponível até 31 de dezembro. Para se inscrever apenas será necessário acessar a plataforma da empresa.
Os cursos têm parceria com o McDonalds, que irá proporcionar aos estudantes um certificado que legitima a formação recebida e que irá evidenciar as suas aptidões na procura do primeiro emprego ou na busca de uma nova oportunidade profissional. Muitos jovens com a idade máxima na pesquisa (24 anos), ainda não tiveram uma oportunidade de emprego.
Para poder considerar o número do desemprego em cada país, o primeiro passo é saber qual é a sua população economicamente ativa, que é medido pelo número de trabalhadores com função remunerada e por quem está buscando emprego naquele país. No Brasil cerca de 100 milhões de pessoas contribuem para este item.
Apesar da pandemia, a taxa de desemprego no Brasil registrou uma ligeira queda, o que ainda não ameniza a situação de falta de emprego em todas as regiões. Em números reais, o número de pessoas desocupadas era de 11,6 milhões de pessoas, apresentando uma queda de 400 mil no último ano.
Dados do Governo que foram relevados em setembro de 2020, afirmam que 13,8% da população economicamente ativa do país está sem emprego, o que representa 13,8 milhões de postos de trabalho que não foram preenchidos. A situação social do Brasil tornou-se um problema de estado, estando agora nas mãos dos governantes a necessidade de políticas públicas mais inclusivas, como promete ser o Auxílio Brasil.