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Pequenos detalhes, grandes valores: moedas de 25 centavos que podem surpreender

Você sabia que uma moeda de 25 centavos pode valer até 400 vezes seu valor original? Isso mesmo: colecionadores estão dispostos a pagar mais de R$ 100 por algumas edições raras. Algumas dessas peças podem estar ao alcance das suas mãos.

De acordo com os especialistas na área da numismática, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de moedas consideradas raras. Boa parte dessas peças estão em circulação e podem ser encontradas a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo.

No caso específico das moedas de 25 centavos é muito importante prestar atenção aos detalhes. Isso porque são justamente essas pequenas características escondidas que podem fazer a diferença na hora de revender o seu exemplar.

As características das moedas de 25 centavos

As moedas de 25 centavos da segunda família do Plano Real foram fabricadas entre os anos de 1998 e 2024. Essas peças possuem algumas características marcantes,  que podem ser observadas por qualquer pessoa.

Na lista abaixo, você pode conferir uma série de características gerais das moedas de 25 centavos da segunda família do Plano Real tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):

  • Material: bronze sobre aço
  • Diâmetro: 25,0 mm
  • Massa: 7,55 g
  • Espessura: 2,25 mm
  • Bordo: serrilhado
  • Eixo: reverso moeda (EH)  ?
  • Circulação: de 01/07/1998 a atual
  • Desenho do Anverso: Efígie de Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), – proclamador da República e primeiro presidente constitucional do Brasil republicano -, ladeada pelas Armas Nacionais e pelo dístico Brasil.
  • Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.

Manuel Deodoro da Fonseca

Como visto na lista acima, a peça de 25 centavos conta com a representação do busto de Manuel Deodoro da Fonseca. Ele teve uma vasta carreira no mundo militar, mas ficou conhecido mesmo por ter sido o primeiro presidente da história do Brasil. 

Neste sentido, cabe destacar que ele teve um papel muito importante no golpe militar que acabou com a monarquia no país, e que impôs a república, forma de governo que é seguida pelo país até hoje. Deodoro da Fonseca morreu no dia 23 de agosto de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. 

Os valores das moedas

Como dito, existe uma lista de moedas de 25 centavos da segunda família do Plano Real que podem valer mais de R$ 100 cada uma. Mas para que isso aconteça é necessário que a sua peça conte com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.

Caso este seja o caso da sua moeda, saiba que os valores podem variar entre R$ 100 e R$ 150, a depender do ano exato de fabricação.

Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados para cada uma dessas peças:

Todas estas moedas de 25 centavos valem R$ 100 ou mais. Imagem: YouTube

O que é uma moeda reverso invertido?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.