Sócrates foi um filósofo grego de extrema relevância e que, justamente por esse motivo, é denominado de “o pai da filosofia”.
Assim, não é de se surpreender que muitas questões sobre o pensamento de Sócrates sejam tão comuns dentro das principais provas do país, com um destaque para o ENEM e os vestibulares.
Cidadão de Atenas, Sócrates viveu o apogeu e a decadência da democracia. O pensador foi um rival declarado dos sofistas, como Górgias e Protágoras. Mediante o pagamento, os sofistas ensinavam aos cidadãos as técnicas da retórica e da persuasão, prática condenada por Sócrates.
Para Sócrates, a filosofia deveria ser considerada uma reflexão complexa de conceitos tidos como essenciais para o desenvolvimento do ser humano, como, por exemplo, a sabedoria. Porém, somente através do combate de opiniões geradas a partir do senso humano, ou seja, do conhecimento falso, o verdadeiro conhecimento poderia ser atingido.
Assim, para cumprir com esses dois objetivos principais, o pensador estabeleceu o denominado “método socrático”, que consistia em estabelecer diálogos críticos com indivíduos (denominados de interlocutores). Os diálogos eram divididos em duas partes principais: uma marcada pela ironia, ou seja, perguntar fingindo ignorar, e outra marcada pela maiêutica, ou seja, “fazer nascer” o conhecimento (a arte do parto, em grego).
O método de Sócrates consistia em, por meio do diálogo, deixar o interlocutor discorrer sobre determinado assunto que ele afirmava dominar, para dirigi-lo à contradição e demonstrar sua ignorância sobre o assunto. Dessa maneira, podemos afirmar que Sócrates não estabelecia tratados e teorias, mas fazia perguntas e criava um raciocínio a partir das respostas dessas, com o objetivo de demonstrar ao seu interlocutor as contradições do que ele dizia.
Dessa maneira, Sócrates buscava mostrar ao interlocutor o quanto pensamos que sabemos, quando, na verdade, sabemos muito pouco. Esse pensamento e essa estratégia podem ser enunciados pela frase mais conhecida do pensador: “só sei que nada sei”.
Sócrates também inaugurou as discussões sobre a moral, mediante a doutrina de que ética significa ação racional. Segundo ele, a virtude é a própria razão. A finalidade humana é a prática do bem e este se realiza mediante a virtude que, por sua vez, realiza-se mediante o conhecimento racional.