O Ministério da Educação (MEC) estendeu o prazo para adesão ao Programa Tempo de Aprender até o dia 30 de julho. Esta é a segunda vez que o ministério prorroga o prazo. Na primeira prorrogação, a adesão era até o dia 30 de junho. Porém, desde o início do lançamento do programa, a adesão era até o dia 30 de maio.
Segundo o MEC, a decisão é mais uma oportunidade para estados e municípios manifestarem interesse na iniciativa, criada para aperfeiçoar, apoiar e valorizar professores e gestores escolares que lidam com a alfabetização no Brasil.
Dos 5.570 municípios brasileiros, 3.641 já aderiram ao Programa, o que representa 65,37% do total. Quem quiser fazer parte do Programa e ainda não se inscreveu, precisa acessar a página do Tempo de Aprender e preencher um formulário que solicita o CPF e o e-mail do responsável pela adesão.
O Programa Tempo de Aprender foi idealizado pela Secretaria de Alfabetização do MEC e lançado em 18 de fevereiro deste ano, com previsão de investimento de aproximadamente R$ 220 milhões. As informações sobre o lançamento e os detalhes do Programa podem ser conferidos neste link.
Uma das ferramentas do Programa é a oferta do curso on-line de “Formação continuada em práticas de alfabetização”, para quem tiver interesse em aperfeiçoar o ensino às crianças. É voltado, principalmente, para professores, coordenadores pedagógicos, diretores escolares e assistentes de alfabetização, mas pode ser acessado por qualquer pessoa que tiver interesse em aplicar as práticas com crianças na idade adequada para alfabetização, ou seja, pais e responsáveis que quiserem ajudar os filhos nesta fase tão importante, também podem fazer o curso e praticar em casa com as crianças.
O curso tem carga horária de 30 horas e está dividido em oito módulos, sendo que os primeiros seis já estão disponíveis e os últimos dois serão liberados em breve. A formação conta com videoaulas e possui diversos materiais de apoio. Para acessar, é necessário se cadastrar na plataforma onde o curso está disponível.
O Tempo de Aprender foi lançado pelo MEC às vésperas da pandemia do novo coronavírus. Desde seu lançamento, ele é alvo de crítica de gestores que cuidam da alfabetização na ponta. O argumento é que ele foi feito sem qualquer pactuação ou debate com as redes de ensino.
Em uma reportagem ao jornal O Globo, gestores educacionais explicam que o governo federal propôs iniciativas em relação à alfabetização que não levam em consideração o que já é feito na área.