O Pix, sistema de transferências instantâneas, foi lançado pelo Banco Central em 2020 e já se tornou indispensável no dia a dia dos brasileiros. No entanto, com o grande volume de transações feitas muitas pessoas acabam cometendo erros no momento de realizar um pagamento, o que pode gerar sérios problemas.
Um exemplo disso é o pedreiro Antonio Carlos Rodrigues de Deus, 55 anos, morador do bairro Manjolinho em Mairinque, interior de São Paulo. Este cidadão cometeu um erro ao enviar um Pix, conforme noticiado pelo site Metrópoles, e está buscando ajuda, pois teme ser preso em consequência disso.
Isso porque Antonio Carlos realizou, nesta segunda-feira (18), uma transferência Pix no valor de R$ 500 por engano a um desconhecido. O problema é que o pedreiro, na verdade, estava tentando transferir o dinheiro para pagar a pensão alimentícia de sua filha menor de idade. O não pagamento da pensão, para quem não sabe, pode resultar em prisão.
A pessoa que recebeu os R$ 500 por engano via Pix foi identificada como Adriano Alves dos Santos. Sendo assim, Antonio Carlos está buscando a ajuda de amigos para localizar Adriano e pedir o dinheiro de volta, com medo de ser preso. Segundo o pedreiro, ele apenas percebeu que havia feito o Pix errado horas após a transferência.
Como visto, um Pix errado pode gerar grande dor de cabeça, sendo assim, é muito importante estar atento na hora de fazer uma transferência. O Pix funciona com tempo de processamento na casa dos segundos, ou seja, é instantâneo. É importante ter certeza de que deseja fazer a transferência, e nunca decidir na hora da “emoção”, pois talvez você não tenha a chance de reverter essa situação.
O usuário também muitas vezes confunde os dados na hora de fazer a transação, coloca a chave errada e, obviamente, o dinheiro não chega para a pessoa certa. O Pix fornece uma confirmação com os dados de quem receberá o pagamento, desse modo sempre se certifique de que a chave de destino está correta.
Não é possível cancelar uma transferência Pix que foi feita de maneira equivocada, pois a operação é concluída em questão de segundos. Sendo assim, a única solução nesses casos é entrar em contato com a pessoa que recebeu o dinheiro e pedir o estorno. Esse mecanismo de estorno está disponível no aplicativo de todas as instituições financeiras que disponibilizam o Pix.
Dessa forma, existem três situações: quando o usuário que realizou o Pix errado conhece o destinatário, quando o usuário não conhece o destinatário, e quando o usuário não conhece o destinatário e a chave cadastrada é aleatória.
Na primeira situação, basta que o usuário entre em contato com o destinatário que recebeu o Pix erroneamente e peça o dinheiro de volta. Como nessa situação hipotética as duas pessoas se conhecem, não devem existir problemas no momento da devolução.
No caso de não conhecer a pessoa que recebeu o dinheiro enviado incorretamente, o recomendado é tentar identificar a pessoa através da própria chave. Isso pode ser feito caso a chave seja um e-mail, CPF, celular, entre outras. Sendo assim, ao identificar a pessoa, basta entrar em contato e solicitar a devolução dos valores.
Por fim, a pior situação é quando o usuário não conhece o destinatário do dinheiro enviado incorretamente, e a chave Pix cadastrada é aleatória. Neste caso, a única possível solução é entrar em contato com a instituição financeira, explicar a situação, e pedir para que entrem em contato com o destinatário. No entanto, o banco pode se negar a fornecer informações e entrar em contato com o cliente, dificultando a situação.