O número de pessoas que estão querendo entrar no Auxílio BEm, do Governo Federal, está diminuindo dia após dia. Quem está dizendo isso são os próprios membros do poder executivo. O Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, destacou isso em uma entrevista nesta semana.
Para quem não lembra, o Auxílio BEm é aquele que permite que empresas e trabalhadores entrem em acordos trabalhistas. Pelas regras eles podem acordar uma suspensão temporária de contrato. Além disso, eles podem também realizar um processo de redução da jornada trabalhista e do salário do empregado.
No ano passado, esse programa serviu para milhões de trabalhadores. É que pela lógica, a empresa pagava uma parte do salário e o Governo entrava com outra. Depois de alguns meses de paralisação neste ano, o benefício retornou. Desta vez, no entanto, os números mostram que o projeto tem bem menos força.
O curioso em toda essa história é que os próprios empresários chegaram a pressionar muito o Governo Federal pelo retorno do programa em questão. Isso porque como a pandemia no Brasil ainda está longe de acabar, muita empresas alegavam que estavam precisando dessa ajuda do Planalto para pagar o salário dos trabalhadores.
De qualquer forma, mesmo que a pandemia ainda não tenha chegado ao fim, o fato mesmo é que o programa está perdendo força. O Secretario evitou detalhar os números, mas adiantou que a baixa adesão vai fazer com que o poder executivo decida não prorrogar o projeto por mais meses de duração.
O mesmo, no entanto, não se pode dizer do Auxílio Emergencial. Recentemente, o Governo Federal anunciou oficialmente que o programa vai passar por uma prorrogação de três meses. Com isso, os pagamentos deverão seguir até outubro, pelo menos.
Ao contrário do Auxílio BEm, a demanda pelo benefício emergencial é muito grande. Milhões de pessoas que garantem que possuem o direito de receber as parcelas do benefício dizem que não receberam nenhum dinheiro.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de brasileiros chegaram a receber pelo menos uma parcela do Auxílio Emergencial neste ano. Esse número, no entanto, foi caindo por causa dos cancelamentos do Dataprev.
Neste momento, o Governo Federal segue realizando uma série de reuniões para decidir o que vai acontecer com os seus programas sociais neste segundo semestre. Pouca coisa se sabe sobre essa questão até aqui.
O que o Planalto adiantou é que o Auxílio Emergencial deverá seguir fazendo pagamentos de parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375 até o próximo mês de outubro. Logo depois, entra em cena o novo Bolsa Família.
O programa em questão vai passar por uma grande reformulação. O Governo garante que mais pessoas irão entrar no projeto. Além disso, a média de pagamentos deve subir também. No entanto, ainda não dá para saber oficialmente de quanto vai ser esse aumento. O Planalto segue debatendo essas questões. Ainda não há uma data para apresentação dessas definições.