Muitas famílias brasileiras têm se perguntado sobre o destino dos valores acumulados no programa Pé-de-Meia quando um estudante decide abandonar os estudos. Com depósitos que podem chegar a R$ 9.200 ao longo do ensino médio, a preocupação sobre perder esse dinheiro tem gerado diversas dúvidas entre pais e alunos da rede pública.
O Ministério da Educação estabeleceu seis situações principais que levam ao desligamento do Pé-de-Meia. Cada uma possui regras diferentes sobre o acesso aos valores já acumulados.
Quando o estudante ou responsável legal decide sair do programa por vontade própria, deve fazer uma solicitação formal na escola. Os pagamentos futuros são interrompidos imediatamente, mas os valores já depositados permanecem disponíveis para saque, respeitando as regras específicas de cada tipo de incentivo.
Se o aluno deixa de atender aos critérios do programa, como idade máxima ou situação no CadÚnico, será excluído apenas no ano seguinte. Um estudante que foi beneficiário no 1º e 2º ano, mas perdeu elegibilidade no 3º, ainda poderá sacar os valores de Incentivo-Conclusão dos anos anteriores após terminar o ensino médio.
Estudantes que reprovam ou abandonam a escola por dois anos seguidos são automaticamente desligados. Uma reprovação eventual não prejudica o benefício, mas duas consecutivas resultam em exclusão definitiva do programa.
Ficar fora da escola por mais de dois anos consecutivos é considerado abandono definitivo. Nessa situação, mesmo que o aluno retorne aos estudos posteriormente, não conseguirá recuperar o vínculo com o programa nem acessar os recursos anteriormente depositados.
Em caso de falecimento do beneficiário, os depósitos cessam imediatamente e os valores acumulados não são transferidos para familiares, pois o benefício é pessoal e intransferível. Já situações de fraude comprovada resultam em cancelamento imediato e impedimento permanente de retorno ao programa.
Transferências entre escolas públicas participantes do programa não prejudicam o benefício, desde que a nova matrícula ocorra em até dois meses após o início do ano letivo. Porém, mudança para escola particular causa desligamento automático.
Para continuar recebendo os R$ 200 mensais, alguns cuidados são fundamentais. A frequência escolar mínima de 80% é obrigatória e monitorada mensalmente pelas escolas. Manter os dados atualizados no CadÚnico e ter CPF regularizado também são essenciais para evitar bloqueios.
O aplicativo Jornada do Estudante permite acompanhar a situação no programa e verificar motivos de parcelas não pagas. O acesso deve ser feito com os dados do estudante, não do responsável, para obter informações corretas sobre o benefício.
Na maioria dos casos, estudantes que foram desligados podem retornar ao Pé-de-Meia se voltarem a cumprir os critérios no ano seguinte. As únicas exceções são casos de fraude comprovada ou falecimento, onde não existe possibilidade de reingresso.
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No vídeo abaixo, veja mais informações sobre o benefício: