O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar ainda nesta semana a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais três meses.
Sendo assim, o benefício seria pago à população até o mês de outubro, para continuar auxiliando famílias vulneráveis afetadas pela pandemia de Covid-19.
Mesmo assim, o ministro repetiu que a tomada em “V” da economia brasileira já está ocorrendo. Guedes ainda completou dizendo que o país está saindo da recuperação cíclica para uma recuperação sustentável, puxada por retorno de investimentos. O que dá sustento para a continuação do Auxílio Emergencial.
O ministro ainda afirmou que vão ser anunciados o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ). Ambos bônus que pretendem gerar milhões de novos empregos destinados aos jovens, que são a camada da população que mais sofre com o desemprego.
Segundo Guedes, com a mudança na presidência da Câmara e do Senado, as reformas estão acontecendo de maneira mais veloz. O ministro ainda citou algumas mudanças que já foram feitas, como o marco do saneamento, a Lei do Gás e a autonomia do Banco Central.
O ministro da Economia disse que, além da prorrogação do Auxílio Emergencial, espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratifique a decisão do Congresso quanto à autonomia do BC. Isto porque a ratificação poderia impedir que o “choque setorial e transitório de energia e comida” vire inflação permanente.
Guedes afirmou ainda que medidas de energia serão tomadas para evitar o racionamento lá na frente em meio à crise hídrica. “Nossa inflação deu um salto justamente por choque de energia e alimentos. Nos EUA, o núcleo da inflação exclui comida e energia”, disse o ministro na mesma live em que comentou sobre a prorrogação do Auxílio Emergencial.
A live em que o ministro da Economia participou foi feita por Josué Gomes e Rafael Cervone. Ambos candidatos, em chapa única, à presidência e à primeira vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), respectivamente. Nela o ministro pode fazer anúncios, como do Auxílio Emergencial e também falar sobre o futuro da economia do país.
O Auxílio Emergencial foi criado em 2020 pelo Governo Federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de Covid-19. Inicialmente o auxílio foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães solteiras chefes de família. Logo após, o programa foi estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.
Na rodada do Auxílio Emergencial deste ano estão sendo pagas 4 parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil dos beneficiados:
Pessoa que mora sozinha: R$ 150
Mãe solteira que sustenta a família: R$ 375
Demais famílias: R$ 250
Por fim, conforme as regras estabelecidas, o Auxílio Emergencial é oferecido às famílias que possuem renda mensal igual ou inferior a até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja interior a meio salário mínimo. Ademais, o beneficiário precisa estar com o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) em dia para ter direito a nova rodada do benefício.