O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a criação de um novo programa social para a população mais pobre. Trata-se portanto do novo Bolsa Família, que não deve mais ter esse nome em breve. De acordo com ele, muita coisa vai mudar.
Ele voltou a dizer nesta terça-feira (8), que o Auxílio Emergencial vai passar por uma prorrogação de mais dois ou três meses. Assim, o programa que iria fazer pagamentos até o próximo mês de julho, deve ir agora até o próximo mês de outubro.
Dessa forma, dá para dizer que o novo Bolsa Família vai começar em novembro. E de acordo com Guedes, esse novo projeto vai ter “linhas conservadoras”. Não se sabe ao certo o que o Ministro quis dizer com isso. Isso porque ele não quis se explicar sobre o assunto.
Analistas apostam que Guedes quis dizer que o Governo não deve gastar muito com esse novo programa. Por isso, seria uma proposta “conservadora”. Se for isso, significa dizer portanto que o Palácio do Planalto não estaria disposto a extrapolar o teto de gastos para fazer pagamentos mais altos.
Há uma preocupação dentro do Ministério da Economia com esses gastos. Acontece que parte do mercado acredita que o Presidente Jair Bolsonaro vai começar a gastar muito dinheiro a partir de agora pensando nas eleições de 2022. No entanto, Paulo Guedes garante que isso não vai acontecer.
Agora, falta saber se o Ministro da Economia combinou essa história com o Presidente da República. É que em entrevistas recentes, o Presidente chegou a dizer que o novo programa vai pagar parcelas para mais gente e que vai existir um aumento na média desses repasses.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Bolsa Família está pagando uma média de R$ 190 por mês para as famílias mais carentes. Em discurso recente, Bolsonaro disse que esse patamar subiria para a casa dos R$ 250. Agora, no entanto, circula pela imprensa a informação de que o Presidente quer subir logo esse patamar para R$ 300.
Além disso, Bolsonaro estaria disposto a subir muito a quantidade de usuários do programa em questão. Hoje, ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, o benefício chega na casa de 14 milhões de brasileiros. O Presidente, no entanto, estaria disposto a subir esse número para 27 milhões.
Quando Paulo Guedes falou sobre o assunto nesta terça (8), o Ministro evitou de todas as formas confirmar essa informação. Ele se limitou a dizer apenas que o novo programa vai sim ter pagamentos maiores e um número maior de beneficiários também, mas não confirmou os valores de Bolsonaro.
Enquanto o novo Bolsa Família não chega, o Auxílio Emergencial segue com os seus pagamentos normalmente. De acordo com as informações oficiais, este ano eles estão pagando parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375. São montantes portanto mais baixos do que aqueles que o Governo pagou no ano passado.
Em entrevistas, o Presidente Jair Bolsonaro disse que reconhece que os valores do programa são baixos. No entanto, ele voltou a culpar os governadores dos estados pelos fechamentos dos serviços na pandemia. Ele também disse que as pessoas deveriam usar o dinheiro do benefício como um complemento de renda e não como uma renda completa.