O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Ministério da Educação vai receber quase R$ 1 bilhão em recursos extras, provenientes dos R$ 9 bilhões que antes estavam bloqueados no Orçamento de 2021.
“Com uma portaria nossa estamos encaminhando esses R$ 900 milhões (ao Ministério da Educação). O que eu espero é que com esse ritmo de atividade econômica mais acelerada, esses desbloqueios continuem acontecendo”, disse Guedes em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
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Durante a Comissão, Paulo Guedes adiantou também lembrou que o governo tem analisado uma maneira de seguir com a criação de um voucher da educação.
A saber, esse programa seria voltado para famílias com baixa renda. Além disso, surgiria como uma opção ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
De acordo com o ministro, muitos estudantes não se viram capazes de pagar os empréstimos feitos com o Fies, principalmente em decorrência da crise econômica provocada pela pandemia.
“O jovem que está começando a sua vida, consegue pegar um empréstimo no Fies e ai quando ele vai entrar no mercado de trabalho tem uma pandemia dessa derruba o PIB, derruba o emprego, não tem criação de emprego. […] Como esperar que um jovem que se endividou, que agora vem pro mercado de trabalho e não encontra emprego, como ele vai pagar essa dívida?”, questionou.
Guedes fez uma comparação dos vouchers com planos de reestruturação de empresas afetadas pela pandemia.
“Ai no futuro, usarmos mais os vouchers e menos empréstimos. […] Acho que o Fies é um empréstimo e o empréstimo tem que ser para a classe média, que tem condição de pagar depois se o jovem não conseguir um emprego. Agora, o jovem que vem da periferia, o jovem negro da periferia e que quer estudar, ele precisa de um voucher. Ele não pode ter a responsabilidade de devolver esse dinheiro”, justificou o ministro.
Nesse sentido, Paulo Guedes reforçou que, na verdade, o voucher não seria em substituição ao Fies, mas sim uma alternativa.
Na avaliação dele, “houve um excesso muito grande de Fies”, que agora resultou em jovens desempregados e endividados “antes mesmo de começar uma carreira”.
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