Programa social que auxilia milhares de famílias brasileiras contará com aumento nos próximos dias. Ultimamente, ainda, vários integrantes do Governo Federal, como o próprio presidente, afirmam que farão alterações no Bolsa Família.
Inclusive, a última manifestação sobre o assunto, por parte de Jair Bolsonaro obteve críticas de especialistas. De acordo com o presidente, “brevemente a inclusão no Bolsa Família não será mais procurando prefeituras pelo Brasil, será feito através de um aplicativo. Vamos libertar as pessoas mais humildes do jugo de quem quer que seja”. Assim, a intenção do Governo Federal é de utilizar um aplicativo de smartphone para o cadastro no programa.
Antes dessa ocasião, ainda, o presidente também já havia anunciado um aumento dos valores para o mês de agosto, quando o Auxílio Emergencial possui previsão de terminar.
No entanto, acerca do aumento de valores, Letícia Bartholo, ex-secretária nacional de Renda e Cidadania, responsável pelo programa Bolsa Família e do Cadastro Único, por exemplo, elencou outras prioridades. De acordo com ela, portanto, é necessário priorizar a correção do benefício, que não possui reajuste desde 2018, além de incluir 1,7 milhão de famílias que estão na fila para receber o benefício.
Dessa forma, então, a movimentação acerca do Bolsa Família vem sendo constante. O debate para a manutenção ou alteração do programa, em conjunto com a previsão de novos benefícios, acontece em diversas instâncias do governo. Nessa segunda-feira, 24 de maio, então, o ministro da Economia, Paulo Guedes confirmou as expectativas de aumento.
De acordo com o ministro, Paulo Guedes, a reforma do programa Bolsa Família consegue mais votos para o presidente Bolsonaro. Contudo, ele não irá depender o mesmo programa que se apresenta. Portanto, o ministro pretende se preparar para as eleições de 2022 com um programa Bolsa Família renovado.
Nesse sentido, portanto, durante uma entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, na presente data, o ministro indicou que nos três primeiros anos de governo, a prioridade foi controlar despesas. No entanto, com as eleições, em mente, o objetivo será “partir para o ataque”.
“Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), o BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação), vai ter uma porção de coisa boa para baterem palma. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão.”, relata o ministro.
Além disso, Paulo Guedes também relata que todas as preparações estão em ordem a fim de criar um fundo popular com dinheiro das estatais para distribuição para o povo brasileiro. Tal fundo, por sua vez, contará com financiamento a partir de privatizações que a pasta tem como objetivo. No entanto, caso elas não ocorram, utilizarão o dinheiro dos dividendos.
O ministro também relatou sobre o Auxílio Emergencial. De acordo com ele, “Por que o auxílio emergencial só foi renovado depois que a eleição da Câmara foi resolvida? É a política. É culpa dos políticos? Não, ninguém tem culpa. É assim”.
Indo adiante, em relação às reformas econômicas, o ministro entender ter maior apoio eleitoral com a implementação das mesmas do que sem. Portanto, de acordo com Paulo Guedes, a opinião pública está madura a respeito de demandar tais reformas.
Assim, de acordo com ele, “Se a política paralisar todas as reformas econômicas, é um péssimo sinal. Nós temos base de sustentação parlamentar agora. Então, se paralisar, é um erro nosso. Pode interessar à oposição paralisar o governo”.
Além disso, o ministro também entende que a reforma tributária está “fatiada”, ao passo que a administrativa está em um “empurra-empurra”. Por fim, então, quando se trata das privatizações, Paulo Guedes já possui um segundo plano para o caso de que elas não vão adiante.
Desde o dia 18 de maio, o Governo Federal iniciou o pagamento das parcelas do Bolsa Família, de forma que seguirão até o dia 28 de maio.
Dessa maneira, foi possível contabilizar um número recorde de participantes para o presente mês. Portanto, foram 14,69 milhões de famílias beneficiárias do programa. No mês de abril, ainda, foram 14,61 milhões de famílias participantes. Portanto, é possível perceber que a cada mês são mais brasileiros que necessitam do apoio federal, de forma que se mostra bastante importante no contexto social e econômico.
Em conjunto, também, os gastos do Auxílio Emergencial que se destinam aos beneficiários com cadastro no Bolsa Família já chegou a R$ 2,95 bilhões em maio. Dentro desse público, constatam-se que 5,05 milhões de famílias são monoparentais femininas, ou seja, de mães solo. Assim, somam-se R$ 1,98 bilhão para esse público.
Já aqueles beneficiários que recebem o valor de R$ 250, foram de 3,307 milhões de participantes. Por fim, ainda, estão as famílias unipessoais, ou seja, compostas de pessoas que moram sozinhas. Tal público, portanto, é composto de 1,549 milhão de beneficiários, recebendo o valor de R$ 150.
O Programa Bolsa Família se constitui em um programa federal de transferência de renda que se destinam às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo território brasileiro. Dessa maneira, o programa possui a finalidade de garantir que estas famílias tenham acesso à alimentação, educação e saúde.
A Caixa Econômica Federal atual como o principal operador financeiro do Bolsa Família, ficando responsável pela realização de seu pagamento. O auxílio é custeado pela União, através do Ministério da Cidadania.
O benefício em si se direciona a famílias em situação de pobreza, ou seja, com renda mensal entre R$ 89,01 e R$ 178 por pessoa. Em conjunto, também se destina àquelas em extrema pobreza, ou seja, com renda mensal de até R$ 89 por pessoa.
Por fim, ainda, é importante salientar que as famílias que se enquadrem no critério de pobreza só poderão participar do Bolsa Família caso possuam gestantes, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos na constituição de seu grupo familiar.