Um mundo sem papel-moeda é possível e mais próximo do que você imagina. Em alguns países, notas e moedas estão em processo de extinção e a economia está se tornando 100% digital.
Embora isso possa parecer uma realidade distante, o Brasil já deu seus primeiros passos nessa direção do “sumiço” do papel-moeda. Isso porque o Banco Central parece estar mesmo comprometido em acelerar essa transformação digital. Muito futurista para você? Então, o Notícias Concursos, na matéria desta quarta-feira (10) vai te mostrar os motivos dessa realidade estar mais próxima do que imagina.
O papel-moeda continua sendo o meio de pagamento preferido dos brasileiros, mas há fortes sinais de que isso pode mudar nos próximos anos. Aos poucos, está sendo substituído por cartões de débito e crédito, pagamentos por aproximação e trocas digitais em geral. Assim, a tendência da extinção é global.
De acordo com pesquisas, 60% dos cidadãos ainda usam as cédulas e moedas como meios de pagamento. Mas, 38% preferem cartões e QR Code. Além disso, com o advento do Pix, fica claro que o plano do Banco Central é acelerar a digitalização do sistema financeiro e dar uma reviravolta no país. É claro que o dinheiro físico não sairá de circulação tão cedo, mas todos os caminhos apontam para a desmonetização.
Acabar com o papel-moeda é um objetivo claro no Brasil, mas não será fácil de alcançar. Ainda segundo pesquisas, os brasileiros são culturalmente inclinados a pagar em dinheiro, com 52% de suas compras optando por esse método de pagamento.
Isso ocorre porque diversos pontos de venda ainda aceitam apenas dinheiro, principalmente em espécie. Então, uma grande porcentagem de pessoas sente que tem mais controle sobre o gasto.
Além disso, as dificuldades de acesso aos serviços bancários também contribuíram para a preferência pela moeda física. Há mais de 45 milhões de pessoas sem conta bancária no país, acredita? Para acabar com o dinheiro, é preciso garantir o acesso aos serviços financeiros digitais, promover a inclusão financeira e possibilitar uma verdadeira revolução cultural.
Mesmo com os obstáculos, o fim das cédulas brasileiras é certo, ainda que daqui a muitos anos. Aqui estão algumas razões para acreditar neste argumento.
Uma boa razão para eliminar esse meio de pagamento é seu alto custo de produção. Imprimir apenas cédulas de R$ 200,00 e R$ 100,00 custa ao Tesouro Estadual mais de R$ 114 milhões. Com os pagamentos digitais, todas essas taxas são eliminadas e a moeda fica mais barata para circular no país.
Acredita-se que o Pix seja o primeiro passo no plano do Banco Central para encerrar o programa de moeda física do país. Com um sistema de pagamento instantâneo, os consumidores agora podem concluir uma transação em apenas 10 segundos e está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Agora, a tendência é que as chaves Pix e os códigos QR substituam outros métodos de pagamento e transferência, ampliando a digitalização do sistema financeiro.
Outro bom motivo para acabar com o papel-moeda é promover a inclusão financeira no país, pois os pagamentos digitais abrem um novo mundo de possibilidades para as pessoas. O Pix, por exemplo, deve ajudar os mais de 45 milhões de pessoas “sem banco” do país a acessar serviços financeiros. Portanto, um dos objetivos do sistema é agilizar o processo bancário e garantir que mais pessoas tenham acesso a soluções para suas vidas financeiras.
O open banking é outra tendência que leva ao fim do dinheiro no país. Basicamente, trata-se de um modelo de mercado baseado no compartilhamento padronizado de dados e serviços entre instituições financeiras, permitindo a abertura e integração de plataformas e sistemas.
Dessa forma, os consumidores podem assumir o controle de seus dados e trazê-los para qualquer instituição, ampliando o acesso a produtos financeiros e descentralizando o banco. O objetivo é aumentar a competitividade do sistema financeiro, capacitar os consumidores e melhorar a inclusão financeira no Brasil. Então, depois da leitura você também acredita na extinção do papel-moeda?