Entre os boletins divulgados pela Universidade de Brasília (UnB) a respeito do avanço da covid-19 no Brasil, sobretudo no Distrito Federal, está um estudo realizado com estudantes e docentes. Todos recebem atendimento psicológico durante a pandemia.
A pesquisa abrange uma análise sobre a atenção psicossocial, a qual exibe um cenário em que a principal queixa relacionada à saúde dos participantes é a ansiedade. Foram estudados os alunos, professores e demais funcionários que passaram pelos atendimentos entre os dias 31 de maio e 26 de junho.
De acordo com o relatório do estudo, as crises de ansiedade estão ligadas principalmente a problemas familiares, incluindo o convívio em casa e a questões que possuem relação com a vida acadêmica.
Logo após ansiedade, vem o medo de ficar doente, de morrer e dos acontecimentos que têm ocorrido em meio à pandemia do novo coronavírus.
Dentro do período em que foi realizado o estudo, ocorreu um aumento de 25% nos atendimentos psicológicos individuais feitos por semana.
A maioria das consultas foram por procura dos próprios pacientes (76,1%), revelando serviço de terapia está em alta durante a pandemia.
O restante dos atendimentos foi por conta de encaminhamentos de outros especialistas. Ou seja, os pacientes receberam a sugestão de passar com um psicólogo após uma primeira consulta com médico de outra área.
A maioria dos atendimentos, 93,8%, é de estudantes. No período da pesquisa eles participaram ao todo de 163 sessões psicológicas individuais.
Os estudos e as atividades da UnB fazem parte do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19. Esse grupo faz uma avaliação dos impactos e do desenvolvimento nas áreas de Atenção Psicossocial, Prevenção e Promoção da Saúde, Pesquisa, Inovação e Extensão, Comunicação e Educação e Capacitação.
Na UnB, além dos atendimentos psicológicos voltados para o âmbito acadêmico da instituição, há outros equipamentos que garantem o apoio psicossocial da comunidade de alunos e professores.
Um exemplo é o projeto Falarte, que é um espaço de compartilhamento de experiências dos estudantes com objetivo de acolhê-los e debater possíveis desconfortos vivenciados nesse período.
Outra opção é o projeto Do Giz à Palavra, este destinado aos docentes, que podem repartir suas experiências durante esse período de isolamento social.
Além disso, pode ser citado o programa semelhante Palavra como Apoio, mas que é destinado aos servidores técnico-administrativos da instituição.