O outono de 2024 surge com uma aura peculiar, marcada por um cenário meteorológico em constante mutação. À medida que nos despedimos das ondas de calor do verão, adentramos um período de transição, onde os caprichos da natureza ganham destaque com o fenômeno do El Niño cedendo lugar gradualmente à influência da La Niña. Este ciclo climático, que afeta as condições atmosféricas globais, promete trazer consigo uma série de transformações e desafios ao longo da estação outonal.
Em 2024, o outono começará oficialmente às 00h06 de 20 de março, no Hemisfério Sul. Este período é caracterizado como uma estação de transição entre o calor do verão e o frio do inverno.
O El Niño, conhecido por suas águas quentes no Oceano Pacífico, deixou sua marca característica nos meses anteriores, influenciando padrões climáticos em todo o mundo. No entanto, à medida que avançamos para o outono, os indícios de mudança já são perceptíveis. As temperaturas começam a se estabilizar, as chuvas diminuem em algumas regiões e os ventos alísios ganham força, sinalizando a transição para a La Niña.
Embora o El Niño esteja presente no início da estação, as previsões indicam que este fenômeno estará se encaminhando para o fim. A expectativa é que as condições oceânicas de El Niño desapareçam em meados de abril ou início de maio, dando lugar a uma fase de neutralidade. No fim do outono ou início do inverno, as condições de La Niña, que causam o resfriamento das águas do Pacífico, devem estar presentes ou muito próximas de serem oficialmente declaradas.
A La Niña, contraparte fria do El Niño, traz consigo um conjunto distinto de características meteorológicas. As águas mais frias do Pacífico Equatorial Ocidental exercem influência sobre os padrões de vento e precipitação, resultando em efeitos climáticos diversos ao redor do globo. No Brasil, por exemplo, a transição para a La Niña pode significar mudanças significativas nas condições climáticas, com um aumento nas chuvas em algumas regiões e uma diminuição em outras, impactando diretamente a agricultura, o abastecimento de água e até mesmo o clima urbano.
A temperatura do Oceano Pacífico terá um papel crucial na determinação do clima durante o outono de 2024. A fase de neutralidade, que ocorrerá após o fim do El Niño e antes do início da La Niña, pode trazer condições climáticas variáveis, com possibilidade tanto de extremos de calor como de frio.
O outono marca uma mudança no regime de chuvas no Centro-Sul do Brasil. Enquanto no verão as chuvas são causadas principalmente pelo calor e alta umidade, a partir do outono, a chuva passa a ser causada pela passagem de frentes frias e centros de baixa pressão.
As temperaturas durante o outono variam bastante, com dias ainda quentes em abril e maio, e possibilidade de dias mais frios em junho. A expectativa para 2024 é de um outono com temperaturas perto e acima da média em parte do Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e no Leste de Santa Catarina e do Paraná.
Outra característica marcante do outono é o aumento no número de dias com formação de nevoeiros e neblinas, devido à grande diferença de temperatura entre o dia e a noite. Este fenômeno é mais comum nos meses de maio, junho e julho.
O final do outono é marcado por temperaturas mais baixas e a proximidade do inverno. Durante este período, o Oceano Pacífico deve estar mais frio, indicando a presença de La Niña. Isso pode resultar em uma maior frequência de massas de ar frio, principalmente em junho.
O outono de 2024, assim como outros anos, será uma estação de transições climáticas. A presença do El Niño no início da estação, seguido pela neutralidade e, posteriormente, pela La Niña, deve trazer uma variedade de condições climáticas, com temperaturas variando do calor do verão ao frio do inverno, além de mudanças no regime de chuvas.
Com a previsão de temperaturas acima da média em parte do Sul do Brasil e a possibilidade de chuvas intensas, é essencial estar preparado e informado para enfrentar as mudanças climáticas que o outono trará.