O Orçamento de 2021 deve ser votado nesta quinta-feira (25) pelo Congresso Nacional. Por esse motivo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo deve “disparar imediatamente” a antecipação de benefícios para os segurados do INSS.
O ministro declara que acompanha todas as medidas de enfretamento a pandemia do coronavírus. Em diálogo com a comissão temporária do Senado, o líder da economia diz que a antecipação de benefícios, compõe a lista de medidas para atender a população em situação de vulnerabilidade. Atualmente, o Brasil vive o momento mais delicado da pandemia.
“Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem o Orçamento hoje [quinta-feira, 25], podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios de aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou o ministro.
Ele ainda complementa, dizendo que a medida não causará impacto fiscal, pois já estava prevista na folha de gastos.
No início deste mês, o ministro tinha dito que o governo previa a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS. Também confirmou que outras medidas aplicadas no ano passado serão renovadas.
“A compra de passagens, o financiamento, evidentemente temos que dar mais prazo, não é possível, o cara está caído no chão, como você vai bater nele para pedir o pagamento de juros? Não pode ser”, diz.
“Aquelas medidas horizontais de rolagem de dívidas, possivelmente teremos que estender para os que ficaram caídos. Os que se levantaram não precisam mais”, argumentou Guedes.
Na mesma ocasião, o ministro ouviu de opositores críticas sobre o valor do novo auxílio emergencial. Este ano, o governo definiu que serão pagas quatro parcelas com um valor médio de R$ 250, a partir de abril. Segundo os argumentos da oposição, o beneficio deveria ter um valor maior.
Guedes admitiu que a ajuda a população carente deveria ser mais fortalecida, no entanto, ele explica que no momento, o orçamento está limitado, e ressaltou que seria necessário encontrar outras maneiras para compensar as despesas, se o benefício tivesse o valor corrigido.
“Se você aumenta esse valor [do auxílio] sem as fontes de recursos, você traz de volta a inflação de dois dígitos, com juros altos, e o resultado é desemprego em massa, e o imposto mais cruel sobre os mais pobres, a inflação. Temos que trabalhar para aumentar isso, o Renda Brasil [programa social que o governo tentou criar], que é um aperfeiçoamento do Bolsa Família. O Renda Brasil poderia ser melhor ainda”, concluiu.