Direitos do Trabalhador

Oposição promete aumentar Bolsa Família se voltar ao poder

Na esteira das discussões sobre o Bolsa Família, pilares da oposição também estão prometendo um aumento no valor do programa

Parte da oposição está acompanhando com atenção as movimentações do Governo Federal sobre o novo Bolsa Família. De acordo com informações de bastidores, o Presidente Jair Bolsonaro deve anunciar nos próximos dias o aumento do programa.

Segundo dados do Ministério da Cidadania, os pagamentos médios do Bolsa Família hoje giram em torno de R$ 190. O Presidente Jair Bolsonaro afirma que está tentando subir isso para o patamar dos R$ 300 ainda neste próximo semestre. O anúncio tem fortes chances de acontecer ainda nesta semana.

Durante uma live nesta segunda-feira (21), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que se o seu partido voltar ao poder o Bolsa Família vai passar por uma reformulação. Entre outras coisas, o petista disse que o partido “não pode fazer igual, e sim melhor do que fez anteriormente”.

Ele também voltou a falar que “é importante colocar o pobre no orçamento”. A promessa de aumento de valor do programa é semelhante a esta que Bolsonaro está prometendo também. A questão é que com o teto de gastos é muito difícil que qualquer um dos dois consigam.

Em entrevista para a agência de notícias Reuters, membros do Governo Federal afirmam que esse valor de R$ 300 do Bolsa Família que Bolsonaro está pedindo seria impossível de ser atingido. Por isso, a meta deles é tentar chegar o mais perto possível dessa marca.

Tudo por causa do teto de gastos. Esse dispositivo fiscal impede que o país gaste mais com os programas sociais. E isso independe do Governo que está no poder. Seja com Lula ou Bolsonaro, quem gastar mais do que o teto permite vai estar cometendo um crime de responsabilidade.

Teto de gastos

Recentemente, o ex-presidente Lula disse que um dos seus primeiros atos caso volte ao poder vai ser justamente retirar esse teto de gastos. Com isso, ele passaria a poder pagar valores maiores para a população em seus projetos. O problema é que os empresários não gostaram nada dessa declaração.

É que há um temor de que o Brasil siga “gastando muito” com esses benefícios. Eles temem que o país não consiga pagar as suas contas. E aí se forma um grande debate entre respeitar as contas públicas e pagar um auxílio mínimo que garanta a sobrevivência das pessoas em uma pandemia.

Bolsa Família

A ideia do Governo Federal neste momento é apostar pesado em benefícios sociais neste segundo semestre. A tendência é que o Planalto anuncie a prorrogação do Auxílio Emergencial e a criação de um projeto novo que deve substituir o novo Bolsa Família.

Além disso, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo estaria pensando em criar mais cinco projetos sociais para os próximos meses. Ele garantiu que pelo menos um deles vai passar por uma apresentação em breve. No entanto, ele não deu mais informações sobre o tema.

Hoje, o Auxílio Emergencial está pagando valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. De acordo com boa parte desses  usuários, esse dinheiro não é suficiente para comprar muita coisa. Para se ter uma ideia, uma cesta básica em cidades como Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro costuma custar, por exemplo, mais do que R$ 600 em média com muita frequência.