Nesta semana, partidos da oposição que apoiam o grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), posicionaram-se contra pautas como privatizações de estatais, além de defenderem a prorrogação do auxílio emergencial.
Durante o “Manifesto das Oposições para as Eleições da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados”, o PCdoB, PDT, PSB e PT afirmaram que a eleição do próximo presidente da Câmara, em 2021, ocorrerá em meio a uma crise política, econômica e de saúde pública.
“Queremos derrotar (o presidente Jair) Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, um presidente criminoso, cujo afastamento é imperioso para que o Brasil possa recuperar-se da devastação em curso, e também queremos, neste momento, expressar nossa posição e defesa de temas relevantes que merecem a atenção e responsabilidade do Congresso Nacional”, diz o manifesto.
Dentre os pontos destacados no documento da oposição, está a retomada da agenda de prorrogação do auxílio emergencial, retomada do projeto que instituiu o Mais Bolsa Família e um plano emergencial de geração de emprego e renda.
Ainda, no manifesto, a oposição defende a tributação de lucros e dividendos, e posiciona-se contra às privatizações da Petrobras, Eletrobrás, Correios e bancos públicos.
Após a manifestação, Maia negou que as negociações com esses partidos envolvam um compromisso de pauta no campo econômico. De acordo com o presidente da Câmara, o denominador comum abrange outras questões.
“Não tem nenhuma pauta de agenda econômica sendo preparada em conjunto, de jeito nenhum”, disse.