A oposição do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a prorrogação do auxílio emergencial com parcelas de valor reduzido. O governo anunciou que irá prorrogar o programa por mais quatro parcelas de R$ 300. Deputados e senadores acreditam que a ajuda deveria ser prorrogada mantendo as parcelas de R$ 600. Mães chefes de família recebem R$ 1,2 mil por parcela.
Sâmia Bonfim, do PSOL-SP, escreveu em suas redes sociais sobre o assunto. “Na mesa de quem passa necessidade, isso significa fome e ainda mais dificuldade. O PSOL desde o início propõe que o auxílio tenha valor integral até, no mínimo, o fim do ano”, disse a deputada.
Outros políticos relembraram a época de discussão de criação do auxílio. Nessa época, a equipe de Bolsonaro queria pagar apenas R$ 200 por parcela, já nas três primeiras parcelas. O Congresso definiu que as parcelas deveriam ser de R$ 500. Só depois o governo chegou o valor por R$ 600.
“Quando começou a pandemia, a oposição defendeu R$ 600 de ajuda emergencial. Bolsonaro queria R$ 200. Cínico, fez propaganda de uma vitória que não é sua. Hoje, anunciou R$ 300. Semana passada, foram R$ 325 bilhões para os bancos. Indecente!”, escreveu o deputado Ivan Valente, do PSOL-SP.
Reginaldo Lopes, do PT-MG, falou sobre o auxílio e sobre o salário mínimo de 2021, que não terá aumento real pelo segundo ano seguido. “O presidente tenta passar uma imagem de que se preocupa com o povo. A verdade é que ele não trabalhou pela criação do #auxilioemergencial e propõe um salário mínimo sem ganho real, ou seja, abaixo da inflação, para 2021”, escreveu.
Atualmente, o governo está criando estratégia para passar a prorrogação do auxílio com parcelas de R$ 300 sem correr o risco de desgastar a imagem debatendo o valor no Congresso. O governo teme que a oposição tente manter as parcelas da prorrogação a R$ 600.