O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB) deflagraram na última quinta-feira (26/11) mais uma fase da Operação Descarte, que desde 2018 apura sofisticado esquema de lavagem de dinheiro perpetrado por organização criminosa que operava na capital paulista.
Batizada de Canal Seguro, a operação deflagrada na última quinta-feira cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
A investigação teve início a partir de provas produzidas no âmbito da Operação Descarte e seus desdobramentos (Chiaroscuro, Checkout, E o Vento Levou e Chorume).
Na operação, foi identificada mais uma organização criminosa dedicada à prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, especialmente gestão fraudulenta e desvio de valores de instituição financeira, além de crimes contra a ordem tributária e lavagem de ativos.
Desta vez, a vítima foi uma corretora de seguros que detém exclusividade na venda de seguros anunciados por empresa pública federal.
De acordo com as investigações, entre 2014 e 2016, três dos diretores da companhia teriam praticado atos de gestão fraudulenta e desviado valores que podem chegar a R$ 28,3 milhões, mediante diversas transferências a título de pagamento por prestação de serviços superfaturados ou que na verdade não foram realizados.
Diante disso, foi determinado o sequestro de bens e valores que, somados, superam R$ 27 milhões, bem como o sequestro de um apartamento no Rio de Janeiro, avaliado em R$ 5,5 milhões.
Do mesmo modo, também foi determinada a suspensão do exercício da atividade de natureza econômica ou financeira pelos três diretores diretamente envolvidos nas fraudes investigadas.
A Operação Descarte foi deflagrada em 1º de março de 2018 e, desde então, contou com 12 fases, todas relacionadas a investigados que fizeram uso da estrutura da organização criminosa para a lavagem de dinheiro.
Fonte: MPF
Veja mais informações e notícias sobre o mundo jurídico AQUI