O Open Banking, também chamado de sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central, conforme definição do próprio BC.
Conforme informa o BC, o acesso autorizado também se refere à movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.
Atualmente, o relacionamento do cliente com uma instituição bancária não é do conhecimento das demais. Sendo assim, o banco possui uma certa dificuldade de competir pelo cliente, oferecendo melhores serviços.
O BC informa que, com a permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes.
No entanto, o Banco Central ressalta que todo esse processo é feito em um ambiente seguro e a permissão de dados compartilhados entre bancos, fintechs, carteiras digitais e outras instituições é feita pelo cliente. Ao passo que pode ser cancelada em qualquer momento.
De forma sucinta, esse será um modelo de sistema bancário aberto. Dessa forma, bancos, fintechs, carteiras digitais e outras instituições financeiras passarão a compartilhar dados entre si, ao passo que esse compartilhamento ocorrerá de forma totalmente integrada.
O Banco Central irá conectar todas essas empresas por meio APIs (Application Programming Interfaces). Por isso, as informações serão integradas, já que as APIs são interfaces de programação de que funcionam interligando sistemas.
Descentralização de produtos e serviços
O Open Banking pode modificar a economia de forma indireta por diversos fatores. Um deles é a descentralização de produtos e serviços. Sendo assim, o cliente passa a ter um reforço no que tange ao seu poder de compra.
O que muitos não sabem é que as maiores instituições financeiras do país possuem a obrigação de participar do Open Banking obrigatoriamente. Enquanto as menores podem aderir voluntariamente, já que esta é uma regra do BC. Sendo assim, o BCB classifica o sistema. Dessa forma, ficam obrigados a entrar para o sistema os grandes e médios bancos classificados como S1 e S2.
Conforme define o BC, o S1 diz respeito ao porte igual ou superior a 10% do PIB ou com atividade internacional relevante, ao passo que o S2 se refere ao porte entre 10% e 1% do PIB. Como ocorre com os bancos tradicionais, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander.