Onde e aonde são palavras que se referem a lugar, mas é necessário ficar atento quanto ao emprego. Elas são usadas em situações diferentes.
É comum na língua portuguesa várias palavras ou expressões causarem dúvidas ao falante, “onde e aonde” é apenas um dos vários exemplos. Isso ocorre porque na linguagem coloquial existe uma variante espontânea, que não se detém ao uso das regras, sendo usadas em momentos informais.
Quando o momento exige formalidade, seja na escrita ou na fala, o correto é utilizar a linguagem culta, que é mandada pelo uso padrão da língua portuguesa. Contudo, muitas pessoas desconhecem as regras da norma culta, como no caso de “onde e aonde”, e acabam utilizando sem critério algum. Para não ter risco de errar o emprego do “onde e aonde” é necessário conhecer as regras e fazer o uso da forma correta.
Sobre a diferença do “onde e aonde”, vamos começar falando do onde. Onde pode ser pronome relativo, quando começa uma oração subordinada adjetiva ou advérbio interrogativo. Nos dois casos indica localização. Porém, quando for pronome relativo, poderá ser trocado por “em que”, o que não ocorre quando é um advérbio.
Além disso, ele fará parte de um período composto quando for um pronome relativo, ou seja, terá ao menos duas orações, já que as orações adjetivas integram um dos tipos do período composto por subordinação.
A função sintática do pronome relativo onde será sempre de adjunto adverbial de lugar, sendo assim, é preciso ter muita atenção com o uso desordenado da palavra.
Os verbos que devem ser usados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que a palavra aparece são os que apontam estado ou permanência. Veja os exemplos:
Aonde é um advérbio de lugar, contudo não deve ser usado quando a ideia for de lugar, dando a ideia de localização, e sim quando passar a ideia de movimento. Então é necessário ficar atento aos verbos, pois os que possuem a ideia de movimento – ir, chegar, dirigir, entre outros – pedem o uso do “aonde”.
Dica! Você pode substituir onde e aonde por para onde. Se fizer sentido, você deve usar a palavra onde.
Para compreender também a diferença entre “onde e aonde”, vale revisar o que são pronomes e seus principais tipos, afinal, “onde” é um pronome relativo. Pronomes são palavras que estão juntas com os substantivos, podendo substituí-los (direta ou indiretamente), retomá-los ou se referir a eles. Pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos e indefinidos não alguns exemplos de pronomes.
Os pronomes pessoais vão dizer que são os interlocutores da conversa
Pronomes pessoais podem ser classificados como reto e oblíquo, de acordo com a função que exercem na oração. Os pronomes pessoais do caso reto desempenham a função de sujeito. Já os pronomes oblíquos tem a função de objeto de um verbo funcionando como um complemento. Para todo pronome do caso reto existe um correspondente do caso oblíquo. Observe:
Os pronomes possessivos são aqueles que usamos para falar de algo que indica posse em relação à outra pessoa da conversa.
Os pronomes demonstrativos são usados para apontar a localização de seres, seja ele no espaço ou no tempo. Quando o assunto está situado próximo ao locutor ou interlocutor, os pronomes demonstrativos usados podem ser os seguintes:
Caso o assunto esteja distante do locutor ou interlocutor, usam-se os seguintes pronomes:
Que, quem, qual, quais, quanta, quanto, quantas e quantos são as palavras que fazem parte desse grupo. Usamos esses auxiliares para formular perguntas diretas e indiretas.
Os pronomes têm a função de substituir ou remeter uma palavra à outra. Os pronomes relativos usam palavras para que o texto não fique repetitivo e seja mais direto. São exemplos de pronomes relativos são: onde, que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais, quanto, quantos, cujo, cuja, cujos, cujas, quantas, etc.
As conhecidas indiretas, nas redes sociais, geralmente começam com os pronomes indefinidos. Veja alguns exemplos: