Nesta segunda (15), a OMS (Organização Mundial de Saúde) aprovou o uso emergencial contra Covid-19 da vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. A autorização vale para a versão produzida pela AstraZeneca-SKBio na Coréia do Sul e para aquela fabricada pelo Instituto Serum, na Índia.
Após a aprovação da OMS, agora a vacina de Oxford pode ser distribuída pela plataforma Covax, uma iniciativa da entidade para garantir acesso equitativo de imunizantes contra Covid-19 a países mais pobres.
No total, a OMS espera distribuir 336 milhões de doses da vacina de Oxford entre 145 países. O Brasil faz parte da Covax e deve receber 1,6 milhão de doses ainda no primeiro trimestre, além de outras 6 milhões de doses até julho.
“Apesar de ambas as empresas estarem produzindo a mesma vacina para a Covid-19, como elas são feitas em plantas de produção diferentes, precisaram de revisões e aprovações diferentes”, esclareceu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A vacina de Oxford é segundo imunizante autorizado pela OMS, que havia aprovado o uso emergencial da vacina da Pfizer. Cerca de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer devem ser distribuídas pela plataforma Covax ainda no primeiro trimestre.
“Países sem acesso a vacinas até agora finalmente vão conseguir começar a vacinar seus profissionais de saúde e populações de risco, contribuindo para o objetivo da Covax Facility de distribuição equitativa de vacinas”, declarou Mariângela Simão, diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde.
A aprovação do uso emergencial da vacina de Oxford pela OMS significa que o Brasil já pode receber doses do imunizante através da plataforma Covax. A expectativa é que 42,5 milhões de doses do imunizante cheguem ao país até o final de 2021.
Desse total, 1,6 milhão de doses são esperadas ainda para o primeiro trimestre, enquanto outras 6 milhões serão entregues até o mês de julho. Inicialmente, o Brasil tinha pouco mais de 10 milhões de doses da vacina de Oxford alocadas para serem recebidas no primeiro semestre. No entanto, cerca de 3 milhões de doses foram adiadas para o segundo semestre.
Na semana passada, o grupo de especialistas da OMS para imunização (SAGE, na sigla em inglês) recomendou o uso da vacina de Oxford para todas as faixas etárias a partir de 18 anos.