O emprego do hífen pode ocorrer de diversas formas na gramática. Com a implantação do novo acordo ortográfico as dúvidas sobre o seu uso ficaram maiores. Algumas regras foram mantidas, mas é preciso ficar atento às modificações para não se confundir.
O novo acordo alterou algumas regras no emprego do hífen em alguns casos. Seguindo o modelo, as letras iguais devem sempre ficar separadas, como na palavra “micro-ondas”. Quando as letras são diferentes, devem permanecer juntas, como em “autoestima”, por exemplo. No caso da segunda palavra começando com a letra “h”, o uso do hífen permanece, como em “super-herói”. Já na situação em que o prefixo termina em vogal e o sufixo inicia com “r” ou “s”, acontece a duplicação das letras, como em “contrarreforma”.
O sinal gráfico hífen (-) pode ser usado em algumas circunstâncias. Veja algumas das suas funções:
O emprego do hífen acontece em algumas situações. Veja como e onde ele pode aparecer:
Quando a última letra do prefixo e a primeira letra da segunda palavra é a mesma vogal, usa-se o hífen. Observe os exemplos:
Micro-ondas;
Anti-inflamatório;
Semi-interno;
Micro-organismo.
Existem algumas exceções, a exemplo das primeiras palavras iniciadas com os prefixos “co”, “pro”, “pre” e “re”. Nesse caso, descarta-se o uso do hífen e une a primeira com a segunda expressão, mesmo que ela seja iniciada com as vogais “o” ou “e”.
Veja alguns exemplos:
Preenchimento;
Coadquirido;
Reeditar;
Cooperar;
Reeducação.
O hífen é utilizado quando a consoante do final da primeira palavra é a mesma consoante do início da segunda. Observe abaixo:
Inter-regional;
Inter-racial;
Super-resistente;
Hiper-resistente;
Sub-base.
O correto quando a segunda palavra começa com “r” ou “s” é duplicar as consoantes. O emprego do hífen somente permanece nas expressões que possuem os prefixos: “hiper”, “inter” e “super”. Veja nos exemplos a seguir:
Super-rápido;
Hiper- racional;
Inter-racial;
Minissaia;
Microrregião;
Ultrassom.
O emprego do hífen é realizado se a primeira palavra for terminada em “h”, “m” ou “n” ou com vogais, e a segunda palavra tiver “h”, “m” ou “n” ou vogais no seu início. Veja a seguir:
Recém-nascido;
Sem-modos;
Pan-americano;
Bem-humorado.
O hífen é utilizado da seguinte maneira:
Ex-presidente;
Vice-prefeito;
Vice-secretário.
O emprego do hífen é realizado nos prefixos tônicos acentuados. Caso os prefixos não sejam acentuados, não se usa o hífen, como acontece em: propor; predeterminação; pressuposto. Ele é utilizado da seguinte forma em:
Pró-reitor;
Pré-vestibular;
Pós-Doutorado;
Pré-nupcial.
Quando esse caso acontece algumas palavras são mantidas juntas, como: reaver, reidratar, desumano, etc. No momento que o som da vogal final é perdido também não se usa o hífen, e sim, elimina-se o “h”, como na palavra “cloridato”, que é cloro + hidrato. Observe:
Sub-humano;
Contra-habitual;
Super-homem;
Anti-herói.
Nesse caso, as palavras dão nome a plantas e animais. Veja:
Cajá-manga;
Erva-cidreira;
Erva-doce;
Quando “mal” e “bem” são os prefixos, faz-se necessário o uso do hífen. Veja:
Mal-visto;
Mal-educado;
Bem-amado;
Bem-humorado;
Bem-quisto.
Sem-vergonha;
Recém-formada;
Recém-nascido;
Além-fronteiras.
Quando acontece a ligação de pronomes pessoais oblíquos átonos com verbos o hífen é utilizado. Confira:
Aprofundei-me;
Vendi-lhe;
Ofereceram-nos;
Quando algumas palavras se juntam apenas em determinadas ocasiões usa-se o hífen, como na frase “Toda semana faço a ponte aérea Salvador-Aracaju”.
Em vigor desde janeiro de 2009, o novo acordo ortográfico mudou algumas regras da língua portuguesa, causando dúvidas frequentes entre os estudantes. No emprego do hífen não foi diferente. Em algumas palavras deixou de ser utilizado, e em outras integrado a partir de então.
Conheça a seguir algumas das palavras na sua grafia antiga e atual.
Em um texto, cujo no final da linha for preciso separar a palavra que possui hífen, o correto é escrever a forma verbal, e no início da outra linha repetir o hífen antes da segunda palavra.
Veja o exemplo da palavra “dar-te”, que na translineação deve ser escrita da seguinte forma:
O prefixo “dar”, na primeira linha, seguido de hífen (-). Na segunda linha, o sufixo “te”, precedido de outro hífen (-). Se um hífen apenas for usado na translineação dará a impressão de que a palavra é “darte”, e não “dar-te”. Essa regra deve ser seguida por todas as palavras que possuem o emprego do hífen.