O Tratado de Verdun foi um importante tratado do século IX que decidiu qual seria o rumo do finado Império Carolíngio.
Porém, esse acordo foi também responsável por estabelecer as fronteiras primitivas de alguns Estados nacionais que se formariam séculos depois, como a França e a Alemanha.
Dessa forma, diversos aspectos desse Tratado podem ser explorados por questões de história, principalmente em alguns vestibulares. E é justamente por isso que o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo o que você precisa saber sobre esse assunto.
O Tratado de Verdun foi um acordo assinado no ano de 843, na cidade de Verdun, França.
O acordo foi assinado entre os descendentes do Imperador Carlos Magno, colocando fim à Guerra Civil Carolíngia, que havia se iniciado graças à disputas pelo trono do Império.
Com o Tratado de Verdun, os territórios do vasto Império Carolíngio seriam divididos entre os três netos do grande imperador.
Durante o século IX, o Imperador Carlos Magno, coroado em 800, consolidou um grande império que abrangia territórios de diversas partes da Europa.
Para controlar os seus domínio, Carlos Magnos criou condados: territórios (pequenos reinos) que seriam controlados por integrantes da nobreza ou do clero.
Porém, o Imperador morre em 814. Assim, o trono é assumido por seu filho Luís, o Piedoso.
Porém, Luís I morre alguns anos depois, no ano de 840. Seus três herdeiros, então, passam a disputar o Império, gerando a chamada Guerra Civil Carolíngia.
Assim, para solucionar o problema, Luís II, Lotário I e Carlos, o Calvo decidem que iriam assinar um Tratado para dividir as terras do Império: e esse tratado ficou conhecido como Tratado de Verdun.
O Tratado de Verdun coloca fim à unidade do Império, abalando a sua supremacia política. E as consequências dessa atitude são inúmeras com a desintegração do Império, alguns territórios não conseguem impedir as invasões bárbaras. Esse foi, por exemplo, o caso dos povos francos, que perderam muitas terras.
Além disso, o Tratado contribui também para a divisão dos territórios que séculos depois se consolidariam como França e Alemanha.
Carlos, o Calvo ficou com os territórios da Frância Ocidental (França). Luís II, por sua vez, ficou com a Frância Oriental, também chamada de Germânia, que mais tarde formaria o Sacro Império Romano Germânico e, séculos depois, a própria Alemanha.
Finalmente, o terceiro herdeiro, Lotário I, fica com os territórios dos Países Baixos, de Lorena e a Borgonha.