Com Covid-19 e isolamento social, setor aéreo teve pior ano da história
Para o ano de 2020, a expectativa no setor aéreo era de bastante movimentação. Assim, os presidentes das grandes empresas previam que o seria o melhor ano desde 2010. Porque com a saída da Avianca Brasil do mercado, elas puderam elevar o preço de suas passagens.
A esperança, portanto, era de que sua renda aumentasse ainda mais do que no ano passado. Porém, devido a Covid-19 e o distanciamento social, esse foi o pior de sua história.
Como a pandemia afetou o setor aéreo
O setor aéreo foi um dos mais atingidos pela crise do coronavírus, devido à paralisação global. Esse impacto foi profundo e as companhias precisaram recorrer aos governos para serem resgatadas.
Nos Estados Unidos, cerca de US$40 bilhões foram destinados para ajudar as mesmas. Já no Brasil, o auxílio estatal esteve em discussão com o BNDES e fracassou. Ele propôs um financiamento de 60% do empréstimo, mas as empresas consideraram caro e ineficiente.
Isso ocorreu porque os títulos das instituições já são negociados no mercado. Assim, as companhias teriam de fornecer juros mais elevados para que a dívida tornasse-se atraente. Com esse valor mais alto, bancos privados forneceriam o crédito.
A saída encontrada pelas grandes corporações como a Gol e a Azul foi recorrer ao mercado financeiro. Já a Latam, entrou em recuperação judicial nos EUA e fechou uma parceria com a segunda citada.
O “codeshare” entre as empresas garante que ambas realizem voos de forma conjunta. Assim, a junção surgiu após uma reunião virtual entre seus presidentes e garantiu a sobrevivência de algumas rotas.
Antes da pandemia, havia uma disputa pelas autorizações de pouso e decolagem no aeroporto de Congonhas (SP). Essa briga levou os presidentes das instituições a trocarem acusações e as retirarem da Abear.
Para um especialista no setor aéreo, as companhias sairão menores após a crise. Ele concluiu que o número de passageiros só voltará ao nível anterior em 2023.
Viagens para empresas
Sobre viagens internacionais, o consultor estima que a recuperação total ocorrerá apenas daqui a quatro anos. Enquanto o transporte corporativo, importante fonte de receita para as empresas, não é possível fazer previsões.
Os presidentes das companhias afirmam que o pior não ficou no fim de 2020. Apesar de haver uma recuperação, a preocupação só deixará de existir com a vacinação.
Setor aéreo
Levará um tempo para recuperação do setor aéreo. Isso porque o cancelamento dos voos faliu muitas companhias. Por isso espera-se que a vacinação global mude os caminhos.