Dentro do mundo da numismática, é natural imaginar que algumas moedas só podem ser consideradas raras caso contem com algum tipo de erro ou variante. De fato, esses pequenos detalhes podem fazer com que os exemplares sejam considerados mais valiosos.
Mas isso não significa necessariamente que você não possa ganhar dinheiro vendendo uma moeda comum. Estamos falando de peças que, mesmo sem as variantes, podem ser vendidas por um bom dinheiro para alguns colecionadores específicos.
É o caso, por exemplo, da moeda de 1 real do ano de 1999. De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, esse exemplar pode ser vendido por, no mínimo, R$ 70,00 e pode chegar a ser vendido por R$ 2,5 mil, a depender do seu estado de conservação.
A moeda de 1 real do ano de 1999 foi uma das primeiras da chamada segunda família do Plano Real. Essas peças começaram a ser produzidas pelo Banco Central no ano de 1998, e são distribuídas ano após ano até hoje.
Para ajudar nesse processo de identificação, vamos indicar abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Como dito, a moeda de 1 real do ano de 1999 pode chegar a ser vendida por até R$ 2,5 mil, a depender do grau de conservação de cada uma delas.
Esses valores elevados mesmo sem a presença de erros ou variantes, são percebidos porque a moeda de 1 real de 1999 conta com uma tiragem relativamente baixa. Apenas algo em torno de 3 milhões de exemplares foram postos em circulação.
Abaixo, você pode conferir os valores projetados para cada uma dessas peças:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.